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Peixe pode ser perigoso aos cachorros se não preparado da maneira correta; entenda

Veterinárias nutrólogas explicam as doenças que os pets podem ter caso o alimento esteja cru ou com espinhos

RPet|Do R7


Cachorro pode comer peixe?
Cachorro pode comer peixe?

Muitos tutores passam aos pets os seus hábitos alimentares. Porém, nem sempre é recomendado aos cachorros comerem as mesmas coisas que os humanos, principalmente quando o assunto é frutos do mar. Mais especificamente, falando de peixe, mesmo sendo fonte saudável de proteínas, rico em ômega 3 e vitaminas essenciais, não significa que os cães podem consumi-lo se não houver os cuidados necessários.

Em conversa com o RPet, as veterinárias nutrólogas Monique Paludetti e Mariana Porsani, da rede de hospitais veterinários Pet Care, explicam que se os cachorros comem ração, não há necessidade de oferecer peixe como complemento.

"Uma ração de boa qualidade, completa e equilibrada já contém todos os nutrientes necessários para a saúde. Porém, se você quiser oferecer um pequeno pedaço de peixe como petisco, não há problema. Apenas se certifique de controlar a quantidade, pois os petiscos devem compor, no máximo, 10%, das necessidades calóricas diárias do seu pet", diz Monique.

No caso da alimentação natural, o peixe pode desempenhar um papel importante. "Mas lembre-se que toda dieta caseira deve ser elaborada por um veterinário nutricionista. Isso garante que seja equilibrada e forneça todos os nutrientes ao cachorro. Portanto, sempre busque orientação profissional ao adotar uma dieta caseira para o seu cão", completa Mariana.

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Riscos de alimentar os cães com peixe

O peixe, em si, não costuma ser prejudicial aos cães, mas a preparação adequada é fundamental para evitar problemas. "O peixe deve ser cozido a vapor, assado ou grelhado, sem o uso de óleos e temperos, que podem levar a distúrbios gastrointestinais", ensina Mariana.

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"Além disso, é extremamente importante remover todas as espinhas do peixe antes de oferecê-lo ao seu cão. As espinhas representam um perigo para eles, pois podem ficar presas na boca, garganta, estômago e intestinos, causando perfurações e até mesmo asfixia", acrescenta a veterinária.

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Peixe cru pode?

Cachorros não podem comer peixe cru
Cachorros não podem comer peixe cru

Se o tutor é amante da culinária japonesa, é importante saber que o peixe cru não é recomendado aos pets. "Não é indicado devido ao risco de contaminação por diversos patógenos, principalmente salmonella e clostridium, que são zoonoses importantes, ou seja, podem ser transmitidas de animais para humanos", afirma Monique.

Entre as doenças que o peixe cru pode transmitir aos cachorros estão a salmonelose, infecção causada pela bactéria salmonella, em que os sintomas incluem diarreia, vômitos, perda de apetite, febre e letargia, e o botulismo, causado pela bactéria Clostridium botulinum, que pode deixar os cães com fraqueza muscular, dificuldade para engolir, falta de coordenação e paralisia.

"Se você ouviu dizer que o congelamento do peixe elimina as bactérias e toxinas, não se engane. É cientificamente comprovado que o congelamento apenas inativa os patógenos. Quando o peixe é descongelado e retoma a temperatura normal, eles voltam à atividade, podendo representar riscos de infecção para os cães", completa Monique.

Mariana alerta para outro problema decorrente do consumo de peixe cru. "Se o cachorro consumir um peixe produtor de tiaminase, ele pode desenvolver deficiência de tiamina, também conhecida como vitamina B1", diz.

Cuidado ao passear com o pet à beira de rios, represas e córregos

Os cachorros são curiosos e alguns deles têm o hábito de comer o que veem por aí. Às margens de rios, córregos e represas, podem se contaminar ao comer restos de peixes ou pequenos animais que se alimentam deles.

"A 'doença do verme do rim' em cães, também conhecida como Dioctophyma renale, é uma infecção parasitária grave que pode ser adquirida dessa forma. Os cães se contaminam ao consumir peixes de água doce infectados com as larvas do parasita. Essas larvas se desenvolvem no sistema digestivo e, em seguida, migram para os rins, onde acabam danificando completamente o rim direito do animal. Infelizmente, a única forma de tratamento possível é a remoção cirúrgica do rim", detalha Mariana.

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