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Policial atira e mata cachorro na frente de 3 crianças e é liberado sem fiança, em Guarapari

Em conversa com o RPet, o tutor afirma que o homem, pouco tempo antes de atirar, teria dito: 'Vou matar esse cachorro'

RPet|André Barbeiro*, do R7

Policial atira e mata cão na frente de 3 crianças e é liberado
Policial atira e mata cão na frente de 3 crianças e é liberado

Um cachorro, chamado Churros, da raça golden retriever, morreu depois de levar um tiro de um homem, de 52 anos, que se identificou como subtenente da Polícia Militar de Minas Gerais, no fim da tarde do último sábado (9), na Praia do Morro, em Guarapari. O tutor Bruno Cesar, casado com Iasmin Lima Peçanha Avelar e cunhado da influenciadora Iuly Lima, diz, ao RPet, que a família estava passeando quando o cão foi baleado.

Bruno, que estava com a esposa, a filha de 1 ano e mais duas crianças, uma de 9 e outra de 12 anos, explica que sempre leva seus cachorros para passear soltos, sem coleira. "No fim da rua que estávamos, um cara veio na nossa direção. O cachorro latiu para ele a uns 6m de distância nós e 3m dele", conta.

O cachorro teria latido para o PM e não respondido ao pedido do tutor. "O chamei, na primeira vez não veio, mas na segunda, sim. Nesse momento, o cara disse 'Vou matar esse cachorro'."

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Bruno conta que o subtenente teria dado dois passos para trás, pegado a arma, que ele descreve como uma pistola nove milímetros, engatilhado e atirado no cão. Após isso, o tutor afirma que o homem apontou a arma em sua direção e depois correu para um prédio amarelo, que tinha virando a rua onde o fato aconteceu.


O que a polícia diz?

A polícia afirma que o suspeito foi autuado pela morte de Churros
A polícia afirma que o suspeito foi autuado pela morte de Churros

A Polícia Civil do Espírito Santo, que acompanha o caso, explica que o suspeito foi conduzido à Delegacia Regional de Guarapari, autuado por maus-tratos aos animais, encaminhado para o Centro de Detenção Provisória de Guarapari, onde passaria por audiência de custódia, e teve sua arma apreendida.

A tutora do cachorro teve que assinar um termo por "não guardar com a devida cautela o animal e foi liberada após assumir o compromisso de comparecer em juízo." 


"O homem relatou que o cachorro, solto e sem focinheira, teria avançado nele duas vezes, sendo que na primeira teria conseguido se desvencilhar e solicitar aos donos que o segurassem, porém, nada teria sido feito e o cão novamente avançou, rosnando e latindo para ele. Neste momento, sentindo-se acuado pelo animal, teria efetuado o disparo", diz a polícia.

O homem foi liberado?

A assessoria da Polícia Civil afirma ainda que o crime de maus-tratos não cabe fiança e que o PM foi liberado pela Justiça, após a audiência de custódia ter sido realizada.

"Estou aguardando, indignado", conta o tutor de Churros. Ele ainda comenta sobre as crianças que viram o que aconteceu. "Penso nos guris que não precisavam passar por isso, em viver essa realidade dolorosa."

A Polícia Militar de Minas Gerais foi procurada e sua assessoria ressalta que a situação ocorreu com um policial que está aposentado. 

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*Sob a supervisão de Thaís Sant'Anna

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