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Pai de cachorro
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Pai, tutor ou dono?

Como você se identifica na relação com o seu cachorro?

Pai de Cachorro|Do R7


Celso Zucatelli e seus cães na fisioterapia
Celso Zucatelli e seus cães na fisioterapia

Este era para ser o primeiro texto do nosso blog, mas, como eu expliquei na semana passada, uma série de acontecimentos envolvendo a saúde dos meus filhos adiou o lançamento. Por isso, decidi compartilhar com vocês o que fiz na última quarta-feira. Hoje, por exemplo, estou aqui preparando este texto enquanto o Paçoca e o Hambúrguer fazem fisioterapia, como eu registrei nas fotos. Eu também vou escrever muito sobre as terapias que adotamos para eles em outras oportunidades. É a minha rotina de Pai de Cachorro. Mas, hoje, vamos mesmo fazer a abertura oficial, ou seja, explicar o nome do blog.

Antes de mais nada, é uma alegria ganhar este espaço para falar da nossa paixão pelos animais. O convite do R7 foi uma honra para mim porque, sem dúvida, é o meu tema preferido na vida. Acho que apenas esta minha afirmação já justificaria a escolha deste nome para o nosso blog, Pai de Cachorro. Mas não é só isso, claro.

Eu escolhi este nome porque me identifico assim há 12 anos e, você que me acompanha, sabe que não foi fácil. Se hoje ainda tem muita gente que ataca esta nossa escolha, imagine há mais de uma década.

Eu farei um texto todo sobre a chegada do Paçoca e o que ele representou para mim e para a minha esposa. Mas, só para explicar a ordem dos acontecimentos, é importante ficar claro que foi com ele que me tornei pai de cachorro, porque os cães e gatos que fizeram parte da minha vida antes disso estavam na casa dos meus pais, nunca na minha. Paçoca foi o primeiro.

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Minha ligação com este cara, a presença dele ao meu lado na TV, nas viagens, em quase todos os lugares que eu frequentava foi motivo de ataques e preconceito de algumas pessoas. Cansei de ler e ouvir frases do tipo: "Arruma um filho de verdade", "É muita frescura você com este cachorro o tempo todo", "Trata cachorro como gente porque não tem filho", "Quem é pai de verdade entende" — isso para lembrar as mais leves.

Celso Zucatelli com o seu cão, Paçoca
Celso Zucatelli com o seu cão, Paçoca

E, acredite, isso não era coisa só de hater das redes sociais. Escutei isso de "colegas", algumas vezes na minha cara, a maioria pelas costas, mas isso sempre chega na gente. Muitos humoristas fizeram piada com isso também, e esta parte eu nem achava ruim, porque sou daqueles que defendem o humor livre, mas lembro de dois "ataques" disfarçados de piada que, na época, me deixaram chateado, porque eram carregados de raiva, uma parada difícil de entender para mim.

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Uma vez teve até uma pessoa que plantou que o Paçoca recebia salário, e um salário muito alto, só para irritar os colegas da produção que ganhavam menos, na tentativa de criar um ambiente ruim. Não deu certo. A verdade é que, no caso do chamado "fogo amigo" de quem competia com o Paçoca no meu ambiente de trabalho, por mais absurdo que isso fosse, eu até entendia, porque tem toda aquela parada do ego no nosso mundo. Mas outras pessoas?

Por que o nosso amor pelos animais poderia ser motivo de incômodo? Que sentido faria isso? Para mim, nenhum. Mas você sabe bem que muita gente se irrita com a vida do outro sem nenhuma justificativa, infelizmente. E, nós, pais de cachorro, não estamos sozinhos na mira dessa turma.

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Paçoca Zucatelli em sua fisioterapia
Paçoca Zucatelli em sua fisioterapia

E, quando eu digo que não estamos sozinhos, também lembro que, apesar desta "meia duzia" de haters, eu e Paçoca recebemos sempre muito amor da maioria, de quem começou a se identificar da mesma forma, abraçou a ideia, me contou que sempre pensou assim e muitas outras demonstrações de amor. Eu tenho tantos relatos de agradecimentos que eu recebi por ter aberto este espaço, gente que dizia ter naquelas aparições do Paçoca a única alegria do dia. Imagina o orgulho do paizão aqui.

Eu me tornava ainda mais pai de cachorro a cada dia, e isso também me ajudava a pôr fim à cobrança que a gente ainda recebia da sociedade para ter filhos humanos. Esta foi a NOSSA escolha, e os outros não tinham nada com isso.

Entendam que, naquela época, nem a luta pela troca do termo "dono" por "tutor" tinha muita força. Ou seja, eu pulei mesmo de "dono" para "pai", o que foi ainda mais legal para irritar os chatos. E ainda mais apaixonante para quem também ama os animais. Eu gosto muito do uso de tutor no lugar de dono, foi um superavanço. E eu entendo que muitos se identificam como tutores, não como pais, porque a relação não é como a nossa. E está tudo bem.

Eu deixo de viajar, de sair, cancelo compromissos, recuso trabalhos em campanhas ou eventos, não recebo na minha casa e todas estas coisas que nós, pais de cachorro, fazemos se algo não for bom para os nossos filhos. E não tem nenhum problema se você me achar exagerado ou se a sua relação com o seu pet for diferente, desde que você respeite a minha escolha e, principalmente, respeite os animais. 

Beijos

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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