Ursa Rowena morre em santuário de animais em São Paulo
Conhecida como a ‘mais triste do mundo’, a resgatada morava há 10 meses no local e teve uma convulsão por complicações de um câncer
RPet|Do R7 e Andrea Giusti

A ursa Rowena, que ficou conhecida como a 'mais triste do mundo', morreu no santuário de animais Rancho dos Gnomos, no interior de SP. Ela morava há dez meses no local e na manhã desta quarta (24) teve uma convulsão em decorrência de um tumor no ovário. O corpo foi levado para a Faculdade de Veterinária da USP.
A morte foi anunciada na rede social da instituição. A ativista Luisa Mell e a atriz Alexia Dechamps, que acompanharam todo o resgate de perto e lutaram pela salvação de Marsha (antigo nome), lamentaram a partida.
"Com o coração em pedaços. É como me sinto por saber que nossa ursa Rowena, faleceu. Depois de tanto sofrimento, décadas de exploração, quando ela finalmente encontrou a paz, Deus a levou. Quero acreditar que ela cumpriu sua missão aqui e em paz, livre da exploração e do sofrimento que passou durante mais de 30 anos, descansou. Que sua vida, que sua existência, não tenham sido em vão, mas sirvam de exemplos para que a exploração do tráfico de animais, circos e zoológicos não façam mais vítimas como ela! Esteja onde estiver, saiba que eu a amei com todo o meu coração e tenho por você o mais profundo respeito. Em nome de toda a humanidade, me desculpe por todo o sofrimento que nós, humanos, lhe causamos e obrigada por ter me dado a honra de ajuda-la e de poder amá-la. Prometo que, enquanto viver, preservarei sua memória. Descanse em paz. Obrigada também a cada pessoa que direta ou indiretamente se envolveu em seu resgate e ajuda, especialmente ao Rancho dos Gnomos nas pessoas do Marcos e Silvia, que dedicavam-se diariamente a ela", escreveu Luisa.
O caso
A ursa foi vítima de tráfico de animais há mais de 20 anos e sofreu maus-tratos participando de apresentações em circos no Nordeste.
Em setembro de 2018, foi resgatada de um zoológico no Piauí, onde sofria com altas temperaturas. Com ajuda de ativistas, foi levada a uma área especial no santuário e rebatizada como Rowena.
A história serviu de inspiração para o novo livro da cantora Rita Lee, que foi lançado no último dia 22.




