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Filhos e tecnologia: existe idade ideal para uma criança ter celular?

Psicólogas dão dicas de como minimizar a influência da tecnologia na vida das crianças

Tang|Do R7

Psicólogas falam sobre a tecnologia na vida das crianças
Psicólogas falam sobre a tecnologia na vida das crianças

A tecnologia está por todos os lados e é cada vez mais comum encontrar crianças que desde muito cedo já estão conectadas, seja através de tablets, smartphones ou até mesmo computadores.

Mas você sabe qual é a idade ideal para dar um aparato eletrônico para os seus filhos? Tem conhecimento dos mecanismos que são capazes de minimizar essa necessidade de ficar o tempo inteiro com algum aparelho na mão? Confira as dicas e alertas das profissionais.

Segundo a psicóloga Aline Andolfo de Souza, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) faz algumas recomendações que os pais devem seguir à risca.

— A SBP recomenda que crianças com menos de dois anos não sejam expostas a celulares, computadores e tablets. Já as crianças acima de cinco anos não podem ficar mais de duas horas fazendo uso de aparelhos eletroeletrônicos.


Mas é lógico que as dificuldades para coibir o uso da tecnologia acabam aparecendo em um momento ou outro na vida da criança e por isso é importante se informar a respeito das formas de tentar minimizar essa influência da tecnologia na vida dos pequenos.

— A melhor maneira de tirar essa exposição exagerada à tecnologia que as crianças sofrem é oferecer outros recursos para elas. Muitas vezes os pais querem limitar o uso da tecnologia, porém não oferecem outras alternativas. É muito importante que eles consigam proporcionar outras brincadeiras, jogos, passeios, aquilo que chamo de convivência olho no olho. Outro ponto crucial é o exemplo, que tem de ser dado dentro de casa, porque de nada adianta os pais tentarem limitar o uso do celular das crianças se eles mesmos não largam o aparelho.


Segundo a psicóloga Vanessa Duarte Raffo, uma ação muito importante que os pais devem tomar é colocar limites nas crianças.

— A criança tem que ter a hora de brincar, de fazer a tarefa, de comer. Os pais têm que estipular horários e principalmente limite. Lógico que dá para flexibilizar algumas situações, mas as crianças precisam desde cedo aprender a seguir regras.


Vanessa também falou da importância de estimular as crianças com brincadeiras diferentes e muitas vezes simples.

— Pega-pega, esconde-esconde e quebra-cabeça são excelentes brincadeiras para ajudar na sociabilização da criança. O problema é que muitos pais não conseguem conciliar um tempo para passar com os filhos e brincar de verdade, estimulando a criança. Na ausência do tempo, eles acabam colocando instrumentos para substituí-los.

As crianças precisam se relacionar com outras, aprender a ter autonomia e organização e ficar o tempo inteiro com um celular na mão acaba acarretando em movimentos únicos, mecânicos. É importante entender que tecnologia em excesso faz mal à saúde de qualquer pessoa e isso não seria diferente com as crianças.

— Essa exposição toda atrapalha a motricidade da criança, seu estímulo cognitivo. A tecnologia estimula algumas coisas, mas existem vários outros instrumentos que agem de maneiras diferentes. Há também a questão da saúde auditiva e visual que podem ser prejudicadas por ser a fase de desenvolvimento.

As duas psicólogas ouvidas disseram, por fim, que não existe uma idade certa para dar um aparelho eletroeletrônico para o seu filho, até porque cada caso tem suas especificidades e as famílias são diferentes. Mas é muito importante seguir essas dicas, ter controle do tempo que a criança fica exposta e, claro, tentar promover estímulos diferentes a cada dia que passa, mostrando que existe um mundo além da tela de um celular ou tablet.

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