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Brasileira cria empresa que vende livros em português para 30 países

Residente na Alemanha, Vanessa quer que filhos de imigrantes conheçam o idioma por meio de obras com preços acessíveis

Virtz|Do R7

A carioca Vanessa Pfeil decidiu criar a empresa a partir de uma promessa feita para sua mãe
A carioca Vanessa Pfeil decidiu criar a empresa a partir de uma promessa feita para sua mãe

A brasileira Vanessa Pfeil, que nasceu no Rio de Janeiro e atualmente mora na Alemanha, onde trabalha como administradora de empresas, viu sua vida mudar em diversos aspectos após ter filhos gêmeos, em 2012. No entanto, a transformação mais inesperada se deu no âmbito profissional, quando ela criou uma distribuidora de livros em português por preços acessíveis que, atualmente, alcança mais de 30 países.

Os bebês a fizeram lembrar de uma promessa feita à própria mãe: a avó dos garotos fez Vanessa se compromoter a ensiná-los português e outros elementos da cultura do Brasil. Com essa ideia em mente, ela notou que cumprir com sua palavra poderia se tornar uma ótima oportunidade de negócios. 

“Quando meus filhos nasceram, eu comprei 200 livros no Brasil. Eu não sabia se voltaria no ano seguinte, então decidi levar uma boa quantidade. Eu tinha amigas brasileiras que iam na minha casa e falavam: 'Nossa, esse livro é bacana, me empresta?' Foi quando eu percebi que havia um nicho de negócio, porque não tem livros em português brasileiro aqui na Europa”, relembra Vanessa.

Assim, ela se dedicou a criar a "Livros For Kids", uma distribuidora que. nove anos depois, se tornou o maior clube de livros em português brasileiro fora do Brasil. A empresa está presente em mais de 30 países: além de diversos locais da Europa, atua na Austrália, Japão, Canadá, Singapura e Estados Unidos. 


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Nascida e criada no Complexo da Maré, bairro de favelas na zona norte do Rio de Janeiro, Vanessa viu nos livros que encontrava no lixo um alento para as necessidades que passava na infância: “Quando não tinha o que comer em casa, eu lia. Quando faltava alguma coisa, eu lia. Eu digo que os livros me salvaram”, relembra. Tal experiência firmou dentro dela o desejo de incentivar o hábito da leitura na vida de outras crianças.

A distribuição de livros é feita por um time majoritariamente feminino, que conta com a força de 25 mulheres. “O trabalho que desenvolvemos tem apoio das embaixadas da Alemanha, Espanha, Portugal, Japão, Austrália e demais países onde estamos inseridos”, conta. “Fornecemos para governos, por meio de bibliotecas públicas e também para grandes livrarias privadas”, acrescenta.

De acordo com ela, o próximo passo é a criação de uma plataforma para montar um clube do livro bilíngue, onde crianças descendentes de brasileiros possam ter contato com a cultura do país, e, além disso, possibilitar que meninos e meninas de todo o mundo sejam alfabetizadas em mais de um idioma.

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