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ONGs lutam para manter cursos para alunos de baixa renda

Uma pesquisa mostrou que a classe E é a que mais sofre com a baixa qualidade ou falta de conexão com a internet para acompanhar as aulas

Virtz|Do R7

Estudo aponta que maioria dos estudantes assistem às aulas de modo virtual
Estudo aponta que maioria dos estudantes assistem às aulas de modo virtual Estudo aponta que maioria dos estudantes assistem às aulas de modo virtual

O início da quarentena desafiou educadores a mudar o formato de aulas, conteúdos, a linguagem e, principalmente, o acesso para levar o conhecimento técnico e manter a atenção e a participação dos estudantes.

O cenário fica ainda mais difícil em vulnerabilidade social, por isso, as ONGs lutam para manter ativo os cursos de formação profissional para alunos carentes que enfrentam a baixa qualidade da internet e a necessidade urgente na busca por emprego.

Um estudo realizado por Cetic.br, Nic.br e Cgi.br, apontou que a maioria dos estudantes, considerando também os de ensino fundamental e médio, assistem as aulas por meio de sites, redes sociais ou plataforma de videoconferência. 

A pesquisa mostra que a classe E é a que mais sofre com a baixa qualidade ou falta de conexão com a internet para acompanhar as aulas. Outro motivo que tem afastado os alunos das aulas é a necessidade de 56% dos estudantes procurarem emprego.

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No IOS (Instituto da Oportunidade Social), a equipe de cerca de 50 professores conteudistas desenvolveu um método que compara e aproxima a realidade do dia a dia do aluno com a vivência corporativa, para tornar o ensino mais dinâmico e atrativo em tempos de isolamento social. Além disso, a ONG disponibilizou chip de internet para acesso exclusivo à plataforma dos cursos, que foram remodelados para o formato online. 

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Segundo os professores, o maior desafio foi quebrar de vez as barreiras tecnológicas na educação. Antes, os professores pediam para o aluno desligar o celular nas aulas e depois da pandemia o movimento é exatamente o contrário. 

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As ferramentas e dispositivos de tecnologia foram fundamentais para manter as aulas, mas foi preciso tornar o conteúdo compatível ao celular – principal meio por onde os alunos acompanham as aulas.

Assim, os educadores passaram a utilizar e a produzir mais materiais didáticos em vídeos e proporcionar ambientes de simulação para que os alunos pudessem praticar com mais realidade. 

Mudanças e novos aprendizados

Para implantar todas essas mudanças, os professores também precisaram voltar a ser alunos e treinar na plataforma para entender as necessidades, as dificuldades e mergulhar no novo modelo. Desta forma, passaram a assumir a função de "pontes para o conhecimento", ao invés de "detentores do conhecimento", que mantinham antes do novo formato. Esse aprendizado modificou a rotina e o formato híbrido dos cursos já é uma realidade no IOS.

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