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Quais os Benefícios de Ensinar Desde Cedo uma Segunda Língua? - por Dra. Mariana Pedrini Uebel

Quais os Benefícios de Ensinar Desde Cedo uma Segunda Língua? - por Dra. Mariana Pedrini Uebel

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Olá mamães e papais,

Tudo bem?

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E pra quem ainda não pratica esse hábito, conheça os benefícios de ensinar desde cedo uma segunda língua, no artigo da minha querida Dra. Mariana Pedrini Uebel. Confiram:

(Foto de internet)


Segunda Língua na Infância e Neurosciência: Quais os Benefícios de Ensinar Desde Cedo?

Os bebês começam a perceber os vários padrões de linguagem que escutam por volta dos 8 meses de idade, entendemdo algumas palavras, conhecendo o vocabulário, para falar com fluência pelos 2 a 3 anos de idade. A linguagem, as palavras, as histórias que contamos para os nosso filhos, são a base da comunicação, permitem que as crianças compartilhem o que estão pensando e entendam o que passa na cabeça dos outros também.


A aquisição da linguagem se dá no dia a dia através das brincadeiras , da leitura de livros, de nomear e do narrar o que estamos fazendo com o bebê o tempo todo.

É importante que os pais comecem a ensinar a segunda língua o mais cedo possível, antes do início da fase escolar, o que pode requer muito planejamento e trabalho. Os pais podem ter o que perseverar em um idioma em particular, enquanto o outro pode ser mais fácil de ser adquirido. Também, é possível que a criança precise de suporte dos professores, uma vez que ela navega entre mais de uma língua na escola e em casa.


Os benefícios de ser bilíngue a longo prazo são muitos. Estudos mostram que aprender mais de uma língua possibilita muito mais do que ter novas experiências e conhecer novas culturas: falar mais de uma língua pode ter impacto no desenvolvimento cerebral, com melhores habilidades cognitivas e sociais, características não necessariamente relacionadas com a linguagem.

Em relação às habilidades cognitivas, as crianças bilíngues têm melhor função executiva, que é fundamental para a resolução de problemas e outras atividades que demandam atenção. Elas parecem solucionar com mais facilidade e rapidez alguns jogos que desafiam a noção de cor, forma e espaço, por exemplo. A explicação é que ficar entre duas línguas melhora a capacidade da criança de monitorar o seu ambiente e melhora sua capacidade de atenção. Ao ter que mudar de língua com frequência para falar com a mãe em um idioma e com o pai em outro, por exemplo. Além disso, estudos de neuroimagem mostram que as crianças bilíngues têm a capacidade de monitorar o ambiente mais rápida e envolvendo menos áreas cerebrais, o que significa que é mais eficiente neste tipo de tarefas do que as crianças que falam somente uma língua.

Quanto às habilidades sociais, as crianças que falam mais de uma língua têm melhores habilidades de comunicação. Elas parecem interpretar melhor a perspectiva do outro, quando precisam levar esse elemento em consideração para entender o significado de uma situação. A razão para esse fato faz sentido intuitivamente. Para interpretar a intenção de alguém, é preciso entender não somente o conteúdo, mas também o contexto em que a situação acontece. As crianças em um ambiente multicultural têm experiências que as levam a praticar essa habilidade de considerar a perspectiva do outro com muita frequência: elas precisam saber quem fala qual língua com quem, quem entende o conteúdo da fala, quando e em que lugares diferentes idiomas são falados. Crescer em um ambiente multicultural, onde as crianças tem contato com várias línguas, parece ser o fator principal para desenvolver essa característica, sem a necessidade de ser bílingue por ser. Essa habilidade social não está relacionada com a melhora nas habilidades cognitias percebidas nas crianças bilíngues, sendo que algo mais "social", deve explicar essa facilidade em adotar e compreender melhor a perspectiva dos outros, segundo o estudo.

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