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Após prisão de Roberto Dias, especialistas afirmam que CPI da Covid está sendo conduzida de forma arbitrária

Programa Fala Que Eu Te Escuto questionou os espectadores se a Comissão Parlamentar de Inquérito está sendo justa e imparcial ou está servindo de palanque para as próximas eleições

Viva a Vida|Ana Carolina Cury, do R7 e Ana Carolina Cury


Programa vai ao ar de terça a sábado, às 0h45, na Record TV
Programa vai ao ar de terça a sábado, às 0h45, na Record TV

Após a prisão do ex-diretor do Departamento de Logística do Ministério da Saúde Roberto Ferreira Dias, por suspeita de mentir à CPI da Covid no Senado, uma nova polêmica veio à tona.

Roberto Dias negou, durante todo o seu depoimento, ter cobrado propina em negociação para aquisição da vacina AstraZeneca, mas suas declarações não foram aceitas.

Assim, o presidente da CPI da Covid, Omar Aziz, determinou a prisão dele. Segundo Aziz, Dias estava mentindo em seu depoimento. "Prender alguém não é uma decisão fácil. Mas não aceito que a CPI vire chacota. Temos mais de 527 mil mortos nesta pandemia. E gente fazendo negociata com vacina. A Comissão busca fazer Justiça pelo Brasil", advertiu.

O ex-diretor foi liberado no fim da noite de quarta depois de pagar fiança de R$ 1,1 mil. Mas, diante de tal acontecimento, o programa Fala Que Eu Te Escuto questionou os espectadores se a CPI da Covid está visando Justiça à saúde pública ou se estão pensando nas próximas eleições.

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Entendendo uma CPI

Roberto Dias foi detido ontem durante a CPI; ele pagou fiança e foi liberado
Roberto Dias foi detido ontem durante a CPI; ele pagou fiança e foi liberado

Uma Comissão Parlamentar de Inquérito, mais conhecida como CPI, é usada pelo Parlamento de exercer sua atividade fiscalizadora. Ela é formada com prazo de validade e objetivo bem definidos para, de acordo com o artigo 35 do regimento da Câmara Federal, “investigar um fato que seja muito importante para a vida pública e para a ordem constitucional, legal, econômica ou social do País”.

A comissão pode convocar indiciados para prestar depoimento, ouvir testemunhas, requisitar informações e documentos sigilosos e determinar novas providências. Além disso, podem quebrar o sigilo bancário, fiscal e até o sigilo telefônico de indiciados.

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A CPI da Covid começou no dia 27 de abril e tem o objetivo de investigar omissões e possíveis corrupções do governo federal no combate da pandemia.

Participações

Para a jornalista política Camila Zanardini, uma CPI é importante, mas há um jogo político acontecendo. “Só vou conseguir crer, realmente, na seriedade desta CPI, quando incluírem uma investigação nos estados e municípios”, afirmou.

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Mas o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu manter a suspensão da convocação de governadores pela CPI da Covid, o que significa que eles só podem comparecer de forma voluntária, e não obrigatória.

O também jornalista Eduardo Pereira disse achar um absurdo a presença do senador Renan Calheiros como relator, uma vez que ele responde a diversos inquéritos no Supremo que envolvem corrupção passiva e lavagem de dinheiro e é, inclusive, réu em ação penal por peculato. “É muito difícil acreditar na credibilidade desta CPI diante das pessoas envolvidas nela. Para mim, o foco é derrubar o presidente e fazer palanque para as eleições do ano que vem”, diz.

Cortina de fumaça. Foi assim que o advogado Aloísio Barbosa definiu a CPI da Covid. “Nós assistimos a todo esse circo de maneira atônita, porque não sabemos em quem acreditar. O auge de todo esse espetáculo foi a prisão do Roberto Dias. Ele estava na qualidade de investigado. Foi uma clara demonstração de poder de autoridade. A verdade é que eles estão focados em suas campanhas eleitorais”, explicou.

Assim como o advogado, a maioria dos espectadores que participou da enquete opinou que a CPI da Covid está servindo para os envolvidos se autopromoverem.

“Muitas vezes, as pessoas tratam a política como tratam um time de futebol, com paixão, e não razão. Uma nação precisa dar, pelo menos, um crédito para o seu presidente, seja ele quem for, porque precisamos, antes de tudo, torcer pelo Brasil. Temos que buscar justiça e não viver pelos sentimentos. Todos os escândalos dessa pandemia precisam ser investigados de forma justa”, conclui o apresentador do Fala Que Eu Te Escuto, Bispo Adilson Silva.

O programa é exibido de terça a sábado pela Record TV, a partir de 0h45. Quem se encontra em outros países pode assistir pela Record Internacional ou pelo Facebook.

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