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R7 Viva a Vida

Barbie da vida real tem 5 anos, mora em São Paulo e é filha de uma confeiteira superfã da boneca

Roberta Costa Brandão, de 41 anos, conta que não hesitou ao escolher o nome e fez o registro, apesar da falta de apoio da família

Viva a Vida|Brenda Marques, do R7


Roberta e Barbie em um shopping de Santos
Roberta e Barbie em um shopping de Santos

Roberta Costa Brandão, de 41 anos, tem desde a infância uma paixão muito grande pela Barbie e expressa esse sentimento de várias formas, inclusive na decisão de registrar a própria filha com o nome da boneca. A "Barbie da vida real" tem 5 anos, é morena, faz aniversário no dia 23 de fevereiro, mora com a mãe em Santos, no litoral de São Paulo, e é referência entre os amiguinhos da escola.

"Desde criança, a minha mãe nem sempre teve condições de me dar bonecas, porque elas não eram tão baratas naquela época. Mas me presenteou com a boneca Barbie e os móveis dela", conta Roberta em entrevista ao R7.

"Quando eu descobri que estava grávida de uma menina, não pensei duas vezes: 'O nome dela vai ser Barbie, porque é a minha filha, a pessoa que eu mais amo nesse mundo'. Ela é a minha Barbie articulada, e foi com muito carinho que a registrei com esse nome", afirma.

A escolha, no entanto, enfrentou resistência da família e de amigos. Roberta ouviu piadas, suposições de que Barbie (a filha) a odiaria e sofreria bullying na escola, além de sugestões para que a santista mudasse de ideia. "Falavam assim: 'Por que você não coloca Bárbara e chama ela de Barbie?'. Eu respondia: 'Se eu quisesse registrar como Bárbara, eu registraria. Mas não, eu quero registrar ela como Barbie, a boneca que eu mais amo.'"


Brasil tem 23 'Barbies'; entenda a lei

No dia da oficialização do nome, o cartório estava cheio, e a atendente teve dificuldade para entender a palavra Barbie. Depois que compreendeu, levou um susto — era a primeira vez, ao longo da carreira dela, que alguém pedia para dar o nome da boneca mais famosa do mundo à filha — e foi perguntar ao supervisor da instituição se havia algum impedimento legal para fazer o registro. "Ela voltou toda contente falando que eu podia, sim, registrar", lembra Roberta.

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A Lei de Registros Públicos (6.015/73) assegura a liberdade para que os pais escolham o nome de seus filhos sem a interferência do Estado. Eles podem, inclusive, criar nomes e fazer homenagens a artistas e personagens, sejam eles históricos ou fictícios. 


No entanto, a legislação traz uma ressalva no artigo 55: "Os oficiais do registro civil não registrarão prenomes suscetíveis de expor ao ridículo os seus portadores". Especialistas também destacam que a noção de "ridículo" é subjetiva e, portanto, varia. O que vale, afinal, é o bom senso dos pais e do registrador.

No Brasil, além da filha de Roberta, há mais 22 pessoas chamadas Barbie, de acordo com dados do Censo Demográfico de 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Barbie também gosta da boneca e é amada pelos amiguinhos

Roberta e Barbie
Roberta e Barbie

A Barbie, filha de Roberta, cresceu e desenvolveu um amor natural pela personagem que inspirou seu nome. "Ela tem as bonecas, gosta do desenho e não foi nada forçado por mim. Eu nunca obriguei a minha filha a gostar de Barbie e de rosa", garante a mulher.

Roberta também se preocupou em garantir que a coleção de Barbies da menina contemplasse a diversidade das pessoas de carne e osso. "Ela tem a magra, a gorda, a de cabelo crespo, liso, roxo. Eu falo para a minha filha que todas as mulheres podem ser a Barbie", detalha.

A menina, que frequenta a escola desde 2022, conta para todos a história do próprio nome e causou uma comoção entre os colegas no segundo dia de aula. "Quando eu fui buscar a Barbie na escola, ela estava rodeada de crianças, que puxavam as mães e diziam: 'O nome dela é Barbie'. Aí as mães me olhavam, meio sem graça, e eu explicava toda a história", recorda.

Caçula não chama Ken para não ser coadjuvante da irmã

Roberta, Barbie e Klaus no aniversário da confeiteira, em abril
Roberta, Barbie e Klaus no aniversário da confeiteira, em abril

Roberta também é mão de Klaus, de 10 meses. Contrariando expectativas, ela sequer cogitou chamar o menino de Ken, embora ela também tenha o boneco em casa. "Mas a minha paixão é a boneca Barbie e a cor rosa. Para mim, não faria muito sentido colocar o nome dele de Ken. Além disso, não quero que ele pareça um coadjuvante da vida da irmã", pondera.

Confeiteira, a santista vive em um mundo cor-de-rosa: desde o capacete para andar de moto até os utensílios de cozinha com que prepara os doces. Entre os itens favoritos estão uma batedeira, uma garrafa de água e o vestido que ela usou no aniversário de 30 anos, um modelo rosa-choque, colado, com mangas recortadas e enfeitadas com laços. "São meus queridinhos", resume.

Nesta quinta-feira (20), dia da estreia oficial do filme, Roberta e Barbie estarão na capital paulista para visitar a réplica da casa da boneca, que está em exposição em um shopping da zona sul da cidade. A confeiteira pretende ver o live-action estrelado por Margot Robbie sozinha, no fim de semana. Antes de levar a filha, ela quer avaliar se o longa-metragem é apropriado para crianças.

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