Sem gafes: saiba como recusar um convite para ser madrinha de casamento
Os convidados não devem usar dinheiro ou roupa como desculpa pela ausência
Casa e Decoração|Bárbara Garcia, do R7

Os eventos sociais, sobretudo os casamentos, tendem a enlouquecer as mulheres, sejam elas convidadas ou madrinhas. Elas chegam a fazer um verdadeiro mestrado sobre qual o cabelo do momento, corte de vestido e a cor da estação. Para muitas, todo esse processo é uma delícia, mas, para outras, é extremamente chato.
Será que pode recusar? Como lidar com essa situação sem faltar com educação? Calma! Tudo pode ser revertido a seu favor — e dinheiro não vai ser o problema. De acordo com a estilista e consultora de etiqueta Amalia Piffero, a presença é o mais elegante de tudo que envolve a ocasião.
Desculpa
— Quando se recebe o convite para ser madrinha é uma verdadeira honra. A pessoa quer dizer que a sua presença é imprescindível na festa. Ela até está te colocando em um lugar de destaque.
Se não tiver outro jeito e o convite precisa ser recusado, a consultora de etiqueta sugere que a desculpa seja razoável e venha acompanhada de um agradecimento.
— O que eu acho muito importante é o cuidado para recusar. Se não quiser ir à cerimonia, em primeiro lugar tem que dizer que se sente muito honrado. Uma viagem ou um trabalho programado com muita antecedência são opções.
Vestido
Jamais diga que não vai à festa porque não tem roupa ou que a situação financeira não permite. É extremamente grosseiro. Segundo Amália, a situação pode ser revertida com sinceridade e carinho.
— Quando a pessoa que vai casar convida alguém para ser madrinha, sabe muito bem as condições financeiras dessa pessoa por conhecê-la bem. Ninguém convida uma madrinha com quem não tem intimidade.
Você não precisa comprar um vestido caro, de grife. Não é porque você vai estar no altar que precisa ser o foco. Lembre-se: menos é mais.
A noiva se preocupa que o casamento tenha harmonia, porém nem todas as pessoas têm bom senso. Às vezes, algumas madrinhas querem aparecer mais que a noiva. É para evitar um desarranjo no altar que ela escolhe as cores dos vestidos.
— O ideal é conversar, “olha, não me sinto bem com essa cor. Só sobrou essa pra mim? O que podemos fazer”? Não é gafe nenhuma colocar uma questão pessoal quanto ao vestido e a cor.
Aquele tipo de casamento americano em que as madrinhas usam vestidos da mesma cor e às vezes até com o mesmo modelo causa polêmica. Para a consultora de estilo, impor algo é falta de etiqueta e bom senso.
— É até falta de educação da noiva. Ninguém impõe nada. Não existe regra. É uma gafe.
Lista de presentes
Por vezes a lista de presentes de um casamento dá até calafrio. TV 60 polegadas, geladeira, adega. Automaticamente você pensa: "eu não tenho isso nem em casa"! Amalia sugere uma dica supercarinhosa para fugir da lista sem ter que dar um conjunto de copo de requeijão.
— Cada um dá o presente dentro de sua condição financeira. O que mais vale nessa hora é a sinceridade. Colocar a questão do dinheiro na frente é até indelicado. É possível fugir da lista e fazer algo especial e personalizado. A noiva vai entender perfeitamente sua situação e receber com carinho.
Quando Amalia se casou, comprou duas taças de champanhe e presenteou o marido. O gesto virou tradição entre o casal. A cada ano no dia do aniversário de casamento, duas taças são compradas para completar a coleção.
— É muito elegante e demonstra carinho. Você inicia uma coleção de taças de champanhe para um casamento. Com um cartão bonito, sugira que o casal a cada ano compre duas taças para a coleção.
É uma saída criativa, já que hoje em dia a maioria dos casais mora junto e a casa está montada.
— Eu sempre fujo da lista. É difícil achar uma lista original hoje em dia.
Uma boa opção para comprar as taças são os antiquários. E não se preocupe em presentear com taças diferentes. A intenção é que a coleção seja composta por variedades de estilo.