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Como as tempestades solares afetam a saúde e o bem-estar das mulheres

Durante períodos de intensa atividade solar, os casos de infarto em brasileiras quase triplicam

Viva a Vida|Do R7

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Estudo do INPE relaciona tempestades solares ao aumento de infartos em mulheres de meia-idade.
  • Durante períodos de intensa atividade solar, casos de infarto quase triplicam em comparação a dias estáveis.
  • Flutuações geomagnéticas podem afetar o sistema nervoso autônomo, elevando o risco cardíaco em mulheres.
  • Resultados indicam maior suscetibilidade feminina, sugerindo a necessidade de monitoramento em dias de perturbação geomagnética.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Flutuações geomagnéticas podem afetar o sistema nervoso autônomo Divulgação/Nasa

Um estudo brasileiro conduzido por pesquisadores do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) relacionou as tempestade solares com o aumento de casos de infarto entre mulheres de meia-idade. Os resultados indicam que o organismo feminino pode ser mais sensível aos distúrbios geomagnéticos.

A pesquisa analisou mais de 1.300 casos de infarto do miocárdio registrados entre 1998 e 2005 em São José dos Campos, no interior de São Paulo, e observou que, durante períodos de intensa atividade solar, o número de casos chega a ser quase três vezes maior do que quando o campo magnético da Terra está estável.


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Segundo os pesquisadores, as flutuações geomagnéticas podem afetar o sistema nervoso autônomo, que regula funções como batimentos cardíacos e pressão arterial. Isso poderia desestabilizar o ritmo do coração, aumentando a vulnerabilidade.

O estudo considerou internações por infarto em 871 homens e 469 mulheres de diferentes idades e comparou esses dados com o comportamento do Sol. Os cientistas classificaram os dias como calmos, moderados ou perturbados. Com a ajuda de ferramentas de estatísticas e inteligência artificial, foi possível identificar padrões que mostram como a idade e o sexo podem estar ligados ao aumento dos casos de infarto.


Embora os homens ainda representem a maioria dos casos de ataque cardíaco, durante esses períodos de alta atividade solar, o risco entre mulheres aumenta de forma desproporcional. Para os autores, os resultados não provam uma relação de causa e efeito, mas mostram uma associação significativa que merece mais investigação.

“Não está claro se as perturbações geomagnéticas que ocorrem devido ao impacto do vento solar na magnetosfera (região mais externa da atmosfera, onde o vento solar encontra o campo magnético da Terra) podem afetar a saúde humana”, diz a pesquisa. “Descobrimos que a proporção de infartos foi maior em mulheres do que em homens nos dias perturbados. Nossos resultados sugerem que as mulheres têm maior suscetibilidade a essas condições geomagnéticas e devem ser monitoradas quanto ao risco de infarto em dias de perturbação geomagnética”, conclui.

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