Carvoarias clandestinas têm causado devastação de áreas verdes em diversas partes do país.
Neste 3/1, no Rio de Janeiro, a polícia estourou um galpão ilegal em Bangu, na zona oeste da cidade.
A carvoaria que funcionava sem licença ficava numa das principais vias da cidade, que já foi até nome de novela: a Avenida Brasil.
A polícia encontrou 700 sacos de carvão vegetal, entre 3 kg e 7 kg cada.
O material já estava estocado, pronto para comercialização no atacado ou no varejo.
Esse tipo de ilegalidade se espalha pelo país porque o carvão é necessário, entre outras coisas, para a indústria siderúrgica.
Mas, para produzir carvão, há desmatamento e, por isso, a atividade é regulamentada e deve ser controlada.
A carbonização transforma lenha em carvão e estudos mostram que para encher um caminhão com carvão é preciso desmatar uma área de cerca de três campos de futebol.
No Rio de Janeiro, as informações sobre a carvoaria em Bangu foram passadas ao Linha Verde, do Disque-Denúncia.
O Linha Verde foi criado em 2013 e reúne as denúncias referentes a crimes ambientais.
Quem telefona não precisa se identificar e, por isso, denúncias têm ajudado no combate ao crime.
As carvoarias ilegais são uma preocupação grande em vários pontos do país. Entre eles a Bacia do Rio São Francisco.
O Brasil é o maior produtor de carvão vegetal do mundo e, além da produção regulamentada, o desmatamento de florestas e vegetação nativa da Caatinga e do Cerrado acarreta perdas irreparáveis.
Já houve operações para retirar carvoarias até mesmo de áreas de proteção ambiental do Velho Chico (Rio São Francisco).
Também há uma grande incidência de ilegalidades neste setor no Mato Grosso. A polícia ambiental tem feito apreensões de grandes quantidades de sacos de carvão.
O Cerrado, vegetação típica no Centro-Oeste do Brasil, tem sido um dos mais castigados.
