Ciclone extratropical assola o sul do Brasil; entenda como funcionaFlipar|Do R719/06/2023 - 17h05 (Atualizado em 03/04/2024 - 13h27)twitterfacebooklinkedinwhatsappgoogle-newsshareAlto contrasteA+A-Na tarde desta segunda-feira (19/06), a Defesa Civil do Rio Grande do Sul confirmou mais um óbito decorrente do ciclone extratropical que assolou o estado na sexta-feira passada. Com esta nova informação, o número total de pessoas mortas em decorrência dessa tragédia climática aumentou para 14. Segundo os órgãos competentes, há ainda uma pessoa desaparecida, residente em Caraá, uma das localidades mais afetadas pelo ciclone. A Defesa Civil encontrou os corpos das vítimas fatais em várias localidades diferentes: Caraá (4), Maquiné (3), São Leopoldo (2), Novo Hamburgo (1), Bom Princípio (1), Gravataí (1), Esteio (1) e São Sebastião do Caí (1). A vítima mais recente ainda não teve sua idade e gênero confirmados. Entre as demais vítimas, sete são homens, com idades variando entre 23 e 76 anos, enquanto cinco são mulheres, com idades entre 55 e 92 anos, além de um bebê com apenas quatro meses de vida. De acordo com a medição da régua do Serviço Municipal de Água e Esgoto, na manhã de segunda-feira (19/06), em São Leopoldo, o rio do Sinos alcançou a marca de 7,28 metros. A instituição também informou que o nível da água continua a subir a uma taxa de 2 centímetros por hora e deve aumentar até o fim do dia. O nível das águas normalmente varia entre 2 e 4 metros. O nível atual não era registrado desde 2013. Ao todo, há 3.713 pessoas desabrigadas e quase 700 desalojadas. Muitas famílias só conseguiram ajuda por meio de embarcações dos bombeiros. Somam 41 os municípios do Litoral Norte gaúcho e da Região Metropolitana de Porto Alegre atingidos pelo ciclone. A maioria dos desaparecidos é do município de Caraá, situado a 150 km da capital Porto Alegre. Ciclones extratropicais são mais frequentes em áreas como América do Norte, Europa e Ásia, embora também possam ocorrer em outras regiões como o Brasil. Esses fenômenos climáticos são conhecidos por ventos intensos, chuvas abundantes e, em algumas regiões, até mesmo queda de neve. O ciclone que atingiu o Sul do Brasil na última sexta-feira registrou ventos de até 100 km/h, além de chuvas que resultaram em inundações e deslizamentos de terra. Os ciclones extratropicais normalmente surgem devido à discrepância de temperatura entre a região equatorial e as latitudes médias. Esse processo se dá quando o ar quente da região equatorial se eleva enquanto o ar frio das latitudes médias desce. Esse conflito pode resultar na formação dos ciclones. A existência de correntes de ar em diferentes altitudes também pode influenciar a formação desses eventos. Os ciclones extratropicais se distinguem dos ciclones tropicais, que se formam em áreas próximas ao equador. Os ciclones tropicais costumam ser mais conhecidos como furacões, tufões ou ciclones, caracterizados por ventos de velocidades extremamente altas. Embora sejam menos intensos, os ciclones extratropicais ainda podem provocar danos consideráveis em áreas povoadas. Em casos de fenômenos desse tipo, é fundamental estar sempre atento às previsões meteorológicas bem como seguir as orientações da Defesa Civil a fim de reduzir a gravidade da situação. google-newsfacebooktwitterwhatsapplinkedinshare