Esta quarta-feira (21/06) marca o início do inverno no hemisfério sul. Mas para os amantes de frio de plantão, é melhor já ir se preparando psicologicamente para não se decepcionar.
Acontece que a estação mais fria do ano virá acompanhada de um fenômeno bem conhecido dos cientistas do clima: o El Niño.
O fenômeno, que é famoso por elevar as temperaturas no mundo todo e acontece de tempos em tempos, em 2023 pode ser ainda mais poderoso. Entenda tudo nessa galeria especial do Flipar!
O El Niño é caracterizado pelo aquecimento anormal das águas superficiais do oceano na região central e leste do Pacífico Equatorial.
Assim como a La Niña, o El Niño é responsável por mudanças nos padrões de transporte de umidade em várias partes do mundo. E isso afeta as chuvas, inclusive no Brasil.
Outra das características em comum entre o El Niño e a La Niña é que os dois fenômenos tendem a se desenvolver entre abril e junho e atingem o pico entre outubro e fevereiro.
Os dois fenômenos também têm a capacidade de persistir por até dois anos e podem acontecer em intervalos de 2 a 7 anos.
Para que um dos fenômenos se consolide, é preciso haver alteração na temperatura do Oceano Pacífico por pelo menos cinco ou seis meses seguidos.
O El Niño costuma dificultar a entrada de frentes frias no país, fazendo com que as quedas de temperatura sejam mais sutis e mais breves.
Além disso, o El Niño costuma provocar um ar mais seco, o que indica períodos de secas em algumas regiões, aumentando a possiblidade de queimadas.
Na prática, o El Niño causa secas no Norte e no Nordeste do Brasil e provoca chuvas em excesso no Sul e no Sudeste.
Outro impacto direto provocado pelo El Niño se dá nos ecossistemas marinhos, incluindo a morte de corais e a diminuição da produtividade pesqueira em algumas regiões.
O El Niño não tem relação com o aquecimento global, já que este último representa uma mudança definitiva, ou seja, não acontece só por um período.
Os especialistas já previam há algum tempo a ocorrência desse fenômeno climático, e há até mesmo a possibilidade de que ele se manifeste como um “Super El Niño”.
O anúncio oficial de que este ano terá El Niño foi dado pela cientista Emily Becker.
Segundo ela, há 56% de chance do evento ser extremo e 84% de ser moderado.
Para ser classificado como
O nome
De acordo com a Organização Mundial Meteorológica (OMM), há uma probabilidade de 66% de a média anual de aquecimento ultrapassar 1,5°C entre 2023 e 2027.
Segundo os meteorologistas, até o fim de junho, o Centro-Sul do Brasil deve manter temperaturas abaixo da média.
Por outro lado, a previsão para o sudeste é de que, em agosto, a elevação da temperatura será mais alta do que o normal.
Segundo o Climatempo, há um risco elevado de temporais entre agosto e setembro entre o oeste e sul de São Paulo, sul do Rio De Janeiro e de Minas Gerais.
Na região central e sul de São Paulo, sul de Minas Gerais e sul do Rio de Janeiro, é esperado um volume de chuva acima do normal durante os meses de agosto e setembro.
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