Uma pescadora ficou à deriva por quase uma semana, com o marido morto, no rio Amazonas.
Maria das Graças Mota Bernardo, de 64 anos, foi resgatada no dia 4/4, junto com o corpo do marido, que teve um enfarte durante a pescaria.
José Nilson de Souza Bernardo tinha 69 anos e, segundo a família, o corpo dele chegou a atrair urubus, mas Maria das Graças impediu que ele fosse atacado.
A filha do casal, Cristiane, contou que os pais saíram da Comunidade Carão, perto da cidade de Novo Airão, às 5h da manhã de 29/3.
Eles subiram o rio Negro e prepararam o esquema da pesca, com rede e alguns peixes.
Mas, por volta de meia-noite, ainda na quarta-feira 29/3, Nilson passou mal e morreu.
Eles já estavam perto de Novo Airão e a mulher, após amarrar uma canoa numa árvore, teve que voltar no barco maior, mas acabou ficando à deriva.
Novo Airão é um município à margem direita do Rio Negro, onde fica um dos mais importantes ecossistemas da Amazônia, inclusive com praias fluviais.
A Marinha localizou a embarcação com o casal na manhã de terça-feira (4), à deriva no Rio Negro, perto da região de Iranduba
O resgate foi feito por um militar da Marlnha que saltou do helicóptero e foi nadando até o barco.
Iranduba é um município que fica à esquerda do rio Solimões, ligado a Manaus por uma ponte.
Trata-se da Ponte Jornalista Phelippe Daou, também chamada de Ponte Rio Negro.
O Rio Negro, no Amazonas, é muito conhecido pelo encontro das águas com o rio Solimões.
As águas escuras do Rio Negro e as águas barrentas - mas mais claras - do Rio Solimões se juntam num espetáculo notável.
A mulher recebeu os primeiros socorros e foi atendida na rede pública de saúde, mas já teve alta.
O corpo de José Nilson foi levado para o necrotério do Hospital de Novo Airão
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