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Patricia Lages
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Adultos infantilizados e irresponsáveis, crianças "adultizadas" e impelidas a fazer as próprias escolhas

Esse é um resumo dos nossos tempos, onde a inversão de valores está mais presente do que nunca em detrimento do bom-senso

Patricia Lages|Do R7


Dois fenômenos preocupantes vêm acontecendo nos últimos tempos: a adultização das crianças e a infantilização dos adultos. Por definição, adultização infantil é a antecipação de etapas pela sobrecarga de tarefas, como a iniciação da vida escolar cada vez mais cedo, inúmeros cursos complementares e uma série de atividades que não deixam espaço para que a criança seja, de fato, criança.

Sobrecarga de tarefas e a criança sem tempo de ser criança
Sobrecarga de tarefas e a criança sem tempo de ser criança

Com isso, brincar e se divertir praticamente não faz parte da rotina de grande parte das crianças, mas a coisa não para por aí. Agora os pequenos têm mais uma incumbência: tomar as próprias decisões como se tivessem estrutura, conhecimento e condições de fazê-lo, sem a orientação e a anuência dos pais ou responsáveis.

Há cerca de dois anos, a Secretaria de Educação da Escócia decidiu que a partir dos quatro anos de idade as crianças já podem escolher com qual sexo “se identificam” e à escola cabe apenas apoiá-las em sua decisão. O órgão orientou os professores a não questionarem a criança que quiser fazer “a transição” para viver como menino ou menina e que se limitem a perguntar seu novo nome e pronomes.

Para Shirley-Anne Somerville, conselheira de educação escocesa, “as escolas podem apoiar os jovens transgêneros, garantindo que os direitos de todos os alunos sejam totalmente respeitados.” E tudo isso sem o consentimento dos pais.

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Enquanto os adultos sobrecarregam e confundem as crianças, vivem como se estivessem em plena infância: cada vez mais imaturos, emocionalmente fracos, irresponsáveis e incapazes de lidar com qualquer traço de frustração.

O bom-senso parece não fazer mais parte da vida adulta, pois até o óbvio precisa ser explicado e, mesmo assim, é rebatido e desconsiderado. Os valores são ridicularizados, enquanto atitudes ridículas são valorizadas. Esse é mais um passo em direção a um futuro incerto e sem precedentes em toda a história da humanidade.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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