Análise: Casamento tradicional para mim, fim da família para você
Hipocrisia esquerdista prega uma vida avessa e desapegada para os outros, mas cheia de tradições e luxo para eles
Patricia Lages|Do R7
Quando a então ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, disse que “menino veste azul e menina veste rosa”, a imprensa, as celebridades, as feministas e a esquerda em peso criticaram a fala severamente.
Famosos como Luciano Huck e sua esposa foram às redes sociais ironizar, postando uma foto onde ele aparece de rosa e ela de azul. Até uma marca de chicletes entrou na polêmica divulgando seus produtos nas duas cores com o slogan “você escolhe e (marca X) apoia a sua liberdade”. Para explicar uma reação exagerada diante de uma das metáforas mais velhas do que a injustiça só há uma expressão: histeria esquerdista.
Mas quando Lula se casa com pompa e circunstância, com uma noiva usando um vestido – peça símbolo do vestuário feminino – na cor branca – representação da pureza pregada pela moral judaico-cristã – as feministas se calam, as celebridades se fingem de mortas e o raio “esquerdizador” nem dá as caras.
E quanto às roupas das crianças? Como fica a questão de meninas com roupas de meninas e meninos com roupas de meninos? Uma das fotos que mais circulou mostra os noivos com duas meninas maquiadas, bem penteadas, usando vestidos românticos cheios de babados e menino vestindo azul, igual ao noivo e com direito a “boutonniere”, ou seja, uma flor na lapela, um símbolo tradicional para diferenciar o noivo, os padrinhos ou os parentes mais chegados dos demais convidados.
Tradição e muita ostentação para eles, vida avessa, desapegada de bens materiais e fim da família para os outros. Basta lembrar a fala do ex-presidiário Lula, quando afirmou, em abril deste ano, que “a pauta da família, pauta dos valores, é uma coisa muito atrasada”. Atrasada para você, mas muito em dia para ele.
Nos últimos anos, o PT tem investido pesado na divulgação do poliamor como bandeira de liberdade, no aborto como solução para a gravidez na adolescência e avança a passos largos na introdução da ideologia de gênero nas escolas, além de incitar a ridicularização e negação da fé em prol da “ciência” (que, aliás, comprova a fé judaico-cristã em inúmeras questões). Enquanto isso, o chefão-mor desfruta de um casamento tradicional cristão, com meninas vestidas como meninas e meninos como meninos, tudo muito bem estabelecido e sem confusões de gênero.
Mais um capítulo da interminável novela A Hipocrisia Nossa de Cada Dia.
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