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Patricia Lages

Análise: Equipe de transição de Lula é quase cinco vezes maior do que o previsto em lei

Com salários que podem ultrapassar os R$ 17 mil, equipe com 283 nomes é a maior da história do país

Patricia Lages|Do R7

Geraldo Alckmin e parte da equipe de transição do governo Lula
Geraldo Alckmin e parte da equipe de transição do governo Lula

Entre as 283 pessoas confirmadas pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, nesta quarta-feira (16), para compor a equipe de transição de Lula estão políticos, ativistas de esquerda, artistas, empresários e esportistas, tanto contratados quanto voluntários.

A título de comparação, a equipe de Jair Bolsonaro foi composta de 31 pessoas. Para os contratados de Lula, que trabalharão até 10 de janeiro, os salários vão de R$ 2.701,46 a R$ 17.327,65.

Chama atenção o fato de o novo governo já começar seus trabalhos ignorando a lei de transição — que limita o número da equipe a 50 pessoas — e se movimentando para fazer o mesmo em relação a outras regras, como, por exemplo, não ultrapassar o teto de gastos. Lula deu a entender diversas vezes que responsabilidade fiscal não será prioridade em seu governo, o que já preocupa o mercado financeiro.

Antes mesmo de assumir o poder, Lula vem cometendo irregularidades e passando por cima de leis, o que demonstra como deverá ser o seu governo. Aceitar carona em jatinho particular para ir à COP27, no Egito, é uma delas, e pode até mesmo configurar corrupção passiva. Segundo o Código Penal, artigo 317, “solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem”. A pena prevista é de reclusão de 2 a 12 anos e multa (lei 10.763/2003).


Enquanto isso, parte da velha mídia vem tratando coisas desse tipo como “conflitos éticos” e minimizando a gravidade de tais ações. Tudo isso dá o tom dos próximos quatro anos: um governo que ignora leis, regras, regulamentações e determinações, que recebe o apoio de parte da mídia, que promete usar e abusar da semântica para encobrir o que deveria denunciar e expor.

E olha que isso é só o começo…

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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