Análise: Livros escolares sobre transgenerismo desde o jardim de infância
Departamento de Educação de Nova York indica livros sobre ideologia de gênero desde a pré-escola
Patricia Lages|Do R7
“Ninguém parece me escutar, diz a criança. Eu sou um menino, mas ninguém parece acreditar em mim”. Esta é uma das falas da personagem principal do livro “I’m not a girl” (Não sou menina, em tradução livre), dos escritores Maddox Lyons e Jessica Verdi. A obra – indicada pelo Departamento de Educação da Cidade de Nova York para o jardim de infância – conta a história de uma criança que nasceu menina, mas afirma ser menino.
Uma das situações de embate que a personagem enfrenta se passa quando um adulto pede que ela vista um casaco antes de sair na neve, mas a criança responde: “Prefiro passar frio e me molhar do que não ser eu”. A questão é que o agasalho é rosa e, para a personagem, trata-se de uma cor feminina demais. Seu desejo de aniversário é que as pessoas percebam que ela é um menino.
Outro livro a fazer parte do currículo da pré-escola é “Julian is a Mermaid” (Julian é uma sereia), onde a autora Jessica Love narra a história de um menino que quer ser sereia. As ilustrações o mostram diversas vezes tirando a roupa (ficando apenas com uma cueca branca ou enrolado em um tecido da cintura para baixo). Julian também gosta de passar batom e enfeitar os cabelos com uma planta, similar a uma samambaia, formando uma espécie de cocar.
Já o livro “Love is love” (Amor é amor), de Michael Genhat, é recomendado para crianças do primeiro nível do ensino fundamental. Nele, uma das personagens diz: “Conheço muitas pessoas gays. Minha professora, a Senhora Adams, é gay. O chefe de polícia Carter é gay. O prefeito Sanchez é gay. Há muitas pessoas famosas que são gays. Cantores, cientistas, artistas e atletas. Meu amigo acha que um dia teremos um presidente gay.”
Para o ensino fundamental nível 2, a recomendação é adotar o livro “When Aidan Became a Brother” (Quando Aidan se torna um irmão), de Kyle Lukoff, que fala de uma menina que se reconhece menino e odeia seu nome feminino. Em um momento da história, sua mãe o abraça e diz: “Quando você nasceu, nós não sabíamos que se tornaria o nosso filho. Nós cometemos alguns erros, mas você nos ajudou a consertá-los”.
Vito Labella, líder dos pais de alunos do Brooklin, em Nova York, afirmou à Fox News que tem recebido inúmeras ligações de pais preocupados com a introdução da ideologia de gênero no currículo escolar, mas afirmou que eles “têm muito medo” de se pronunciar contra. No Brasil, a agenda do transgenerismo também tem sido fortemente trabalhada nas escolas, mas cabe aos pais analisarem os materiais a serem adotados, pois nem tudo que é recomendado às crianças está de acordo com a educação que os pais esperam que elas recebam.
Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.