Análise: Por que homens trans não competem com homens cis nos esportes?
Atletas trans têm batido recordes em competições esportivas femininas deixando as mulheres para trás, mas por que o contrário não acontece?
Patricia Lages|Do R7
Esta análise não tem o objetivo de polemizar nem desmerecer ou questionar pessoas transgênero, sejam homens ou mulheres, mas, sim, de buscar a resposta a uma pergunta simples: por que homens trans não entram em competições masculinas?
Para quem não está habituado aos termos, homem transgênero é a pessoa que foi designada ao sexo feminino ao nascer, mas se considera homem. E mulher trans é o inverso: a pessoa que foi designada ao sexo masculino ao nascer, mas se considera mulher.

Mulheres trans, a exemplo da nadadora Lia Thomas, da Universidade da Pensilvânia, têm quebrado uma série de recordes em competições femininas. Várias delas já haviam competido com homens no passado, mas sem apresentar grandes performances. No entanto, ao passarem a competir com mulheres, se destacam muito rapidamente. Thomas – antes Will e agora Lia – bateu os recordes femininos nas competições universitárias nos 200, 500 e 1.500 metros. Nesta última, chegou 38 segundos à frente da segunda colocada.
A desigualdade da compleição física entre homens e mulheres é óbvia, entretanto, sob o falso pretexto da igualdade, as vozes de quem afirma o óbvio são abafadas por acusações de disseminação de preconceito e discurso de ódio. Se o objetivo fosse a igualdade, por que homens trans não competem com homens? Seria porque os treinadores e organizadores só visam títulos, não importando como serão conquistados? Por que, nesse caso, a ciência é ignorada?
As desigualdades entre o corpo masculino e o feminino não se resumem a hormônios. Segundo o mestre e doutor em fisiologia Turibio Barros, que também foi membro do American College of Sports Medicine, homens têm maior número de glóbulos vermelhos no sangue, o que resulta em um desenvolvimento aeróbico superior ao da mulher. Eles também têm maior capacidade cardíaca, mais força, potência e velocidade e sempre se destacarão em esportes que demandem essas características. De acordo com Barros, o único esporte em que mulheres competiriam de igual para igual com homens seria em maratonas aquáticas, pois o maior nível de gordura do corpo feminino ajudaria na flutuabilidade.
Mas quem parece estar flutuando mesmo são as feministas que, diante de mais uma injustiça contra a mulher, têm se mantido caladas, passivas e subservientes. Mais um ponto para a militância que divide para conquistar, mais uma perda para as mulheres que, desta vez, não podem contar nem mesmo com a ciência.