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Patricia Lages

Dinheiro acima da saúde, do trabalho e da família

Pesquisa revela que brasileiro se preocupa mais com falta de dinheiro do que com saúde, trabalho e família

Patricia Lages|Patricia Lages e Patricia Lages

Falta de dinheiro é um problema nos relacionamentos
Falta de dinheiro é um problema nos relacionamentos

Na alegria e na tristeza, tudo bem. Na saúde e na doença, talvez. Na riqueza, claro que sim, mas na pobreza, nem pensar... Embora os votos continuem a fazer parte das cerimônias de casamento – ainda que seja apenas por tradição – 60% dos matrimônios terminam antes de completar dez anos, sendo os problemas financeiros a segunda maior causa (perdendo apenas para os desajustes sexuais).

Os casais estão dispostos a relevar traições, passar por cima dos desentendimentos quanto à criação dos filhos, conviver com vícios de todos os tipos e até suportar violência doméstica. Porém, quando assunto é dinheiro, um ditado popular resume muito bem: “quando o dinheiro sai pela porta, o amor sai pela janela.”

Uma recente pesquisa desenvolvida pela Onze em parceria com a Icatu revela que a preocupação com dinheiro vem antes do trabalho, da família e até mesmo da saúde.

Considerando o que mais impacta as pessoas emocionalmente, os problemas financeiros aparecem em primeiro lugar para 71%, enquanto 54% citaram diretamente o dinheiro como a maior preocupação de suas vidas. A família vem em primeiro apenas para 17% dos entrevistados, a saúde para 13% e o trabalho para 8%.


A relevância que o dinheiro tem representado na vida de grande parte das pessoas chega a ser assustadora. Negligencia-se o casamento, os filhos, a família como um todo e até a própria saúde, além de não haver grandes preocupações em desempenhar um bom trabalho para manter o dinheiro entrando.

Aliás, a queda na performance profissional do brasileiro pode ser atestada facilmente ao entrar em uma loja, contratar serviços ou precisar de qualquer tipo de atendimento, seja presencial, on-line ou por telefone. É, no mínimo, curioso que as pessoas sejam tão preocupadas com dinheiro, mas tão displicentes com o trabalho.

Não é à toa que estamos vendo todos os dias nos noticiários do que as pessoas têm sido capazes para terem o dinheiro que tanto veneram. Se não valorizam nem mesmo a própria família, que dirá os outros... Sob esse aspecto duvidoso do ser humano, o futuro não parece muito promissor.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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