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Patricia Lages
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'Faraó do Bitcoin' preso na Operação Kriptos terá de devolver R$ 19 bilhões

Justiça dá 72 horas para que Glaidson dos Santos deposite montante em conta judicial para pagar investidores e credores

Patricia Lages|Do R7


JOSE LUCENA/ESTADÃO CONTEÚDO

Glaidson Acásio dos Santos, mais conhecido como "Faraó do Bitcoin", está preso desde agosto do ano passado. Ele é acusado pelo Ministério Público Federal de ser o líder de uma organização criminosa que usava pirâmides financeiras — o velho Esquema Ponzi, criado em 1919 — para aplicar golpes.

Durante a Operação Kriptos, responsável pela prisão de Santos, a Polícia Federal apreendeu dezenas de automóveis de luxo, mais de R$ 13 milhões em dinheiro vivo e 591 bitcoins, equivalentes a mais de R$ 56,5 milhões na cotação de hoje.

Segundo a Justiça, a cifra dos golpes aplicados pela GAS Consultoria, empresa do acusado, chega aos bilhões e, em consequência disso, Santos tem até 72 horas para depositar R$ 19 bilhões em uma conta judicial. O dinheiro será direcionado para pagar investidores e credores.

Sobre esse caso, há pelo menos duas questões, no mínimo, curiosas. A primeira delas é que, apesar de ser sócio de empresas denunciadas por crimes contra o sistema financeiro nacional, Glaidson dos Santos tentou entrar para política. Ele só não o fez porque sua candidatura a deputado federal foi barrada, por unanimidade, pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ).

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A segunda questão é que, se fosse candidato, provavelmente o Faraó do Bitcoin seria eleito. Isso porque o número de vítimas do esquema que o defendem com unhas e dentes é enorme.

Infelizmente, há pessoas que realmente têm essa dificuldade de perceber quais são seus verdadeiros algozes e, sem nem mesmo notar que são vítimas de esquemas fraudulentos e roubalheiras homéricas, apoiam os bandidos que os saqueiam e ainda juram que tudo o que dizem a respeito deles não passa de “fake news”.

É como se diz no popular: enquanto houver quem vá de vítima, sempre haverá quem venha de golpe e, quando os dois se encontram pelo caminho, sempre dará negócio.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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