Febraban alerta sobre 11 tipos de golpes financeiros
Federação Brasileira de Bancos lança segunda fase da campanha de prevenção a fraudes para proteção de clientes bancários
Patricia Lages|Do R7
Cada vez mais tecnológicos, sofisticados e engenhosos, os golpes financeiros têm se multiplicado a cada dia, tanto pelo aumento das modalidades de fraudes como também em número de vítimas. Para minimizar os prejuízos, a Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN) lança a segunda fase da campanha "Pare e Pense: Pode ser Golpe", abordando onze tipos de fraudes e como evitá-las. Confira.
1. Golpe da Falsa Central de Atendimento
Como é
O fraudador se passa por funcionário do banco (ou empresa com a qual a vítima tem um relacionamento ativo) e informa que a conta foi invadida, clonada ou algo similar, pedindo confirmação de dados pessoais. Para parecer real, o golpista instrui a vítima a ligar na central do banco ou empresa, mas ele não desliga. Dessa forma, o fraudador simula ser da central e acaba conseguindo os dados da vítima.
Como evitar
Desligue e só entre em contato com a instituição por outro telefone ou pelo aplicativo oficial. E lembre-se que os bancos nunca ligam pedindo senha, número do cartão ou que sejam realizadas transferências e/ou pagamentos.
2. Golpe do Falso Motoboy
Como é
O golpista se passa por funcionário do banco, informa fraude no cartão da vítima e pede a senha para dar sequência ao atendimento. O fraudador instrui para que o cartão seja destruído, mas sem danificar o chip. Em seguida, agenda a retirada do chip na casa do cliente, enviando o falso motoboy. De posse da senha e do chip é possível fazer compras e saques.
Como evitar
Os bancos nunca pedem cartões de volta nem mandam portadores retirá-los.
3. Golpe no WhatsApp
Como é
Os golpistas clonam o WhatsApp da vítima, mas para que ele funcione é preciso inserir o código de segurança enviado por SMS sempre que é instalado em um novo dispositivo. Para conseguir o código, os fraudadores fingem ser de algum Serviço de Atendimento e pedem o número enviado por SMS para alguma atualização, manutenção ou confirmação de cadastro. A partir daí, os criminosos enviam mensagens para os contatos, passando-se pela pessoa, pedindo dinheiro emprestado.
Como evitar
Ative a “Confirmação em Duas Etapas” do WhastApp e deixe a sua foto de perfil pública apenas para os seus contatos, assim ninguém poderá utilizá-la. Jamais passe qualquer código de segurança por mensagem e se receber mensagens de parentes ou conhecidos pedindo dinheiro, confirme a identidade ligando diretamente para a pessoa.
4. Golpe da troca do cartão
Como é
Golpistas que trabalham como vendedores prestam atenção quando você digita sua senha na máquina de compra e depois trocam o cartão na hora de devolvê-lo. Com seu cartão e senha, fazem compras com seu dinheiro. O mesmo pode acontecer com desconhecidos oferecendo ajuda no caixa eletrônico.
Como evitar
Fique atento na hora das compras e confira o cartão devolvido. De preferência, passe você mesmo o cartão em vez de entregá-lo para outra pessoa. Em caixas eletrônicos, não aceite ajuda de desconhecidos.
5. Golpe do link falso
Como é
Ofertas atrativas chegam por e-mail ou redes sociais como iscas para que os usuários informem dados como CPF, conta, cartões e senhas. Essas mensagens também podem instalar vírus e aplicativos que roubam dados por meio de links.
Como evitar
Desconfie de mensagens que você não pediu ou aprovou, e de ofertas em que o desconto é tentador demais. Fique atento ao e-mail do remetente e, em caso de dúvida, não clique.
6. Golpe do falso leilão
Como é
Golpistas criam sites falsos de leilão, anunciando todo tipo de produto por preços bem abaixo do mercado. Depois pedem transferências, depósitos e até dinheiro via Pix – com urgência – para assegurar a compra com desconto. Além de jamais entregar os produtos, os fraudadores podem roubar dados como CPF e número de conta das vítimas.
Como evitar
Pesquise a empresa de leilões em sites de reclamação e confira o CNPJ do leiloeiro. Nunca faça transações financeiras em sites que não tenham o cadeado de segurança no navegador e certificados digitais para transações, nem faça transferências para contas de pessoas físicas.
7. Cuidado com as senhas
Como é
Golpistas só entram em contas bancárias com senha e dados do titular. Para conseguir essas informações, eles atuam de várias formas: passando-se por funcionário do banco, visualizando a digitação da senha ou por meio do roubo do celular (em busca de senhas anotadas no bloco de notas, arquivos ou nos históricos de conversas e e-mails.
Como evitar
Não anote senhas no bloco de notas do celular ou computador. Mantenha de forma analógica em local seguro. Use senhas fortes e diferentes para cada conta e ative a “autenticação em dois fatores” nas plataformas de internet que usar.
8. Golpe do delivery/maquininha quebrada
Como é
A vítima faz um pedido por aplicativo e, no momento da entrega, o fraudador diz que a maquininha está com o visor danificado ou a usa de forma que a vítima não veja o preço na tela. O valor inserido é superior ao pedido, mas a pessoa geralmente não percebe. Outra forma é convencer a vítima de que ela está recebendo um presente, mas precisa pagar o frete, ou que houve um problema no aplicativo e é preciso pagar um frete adicional.
Como evitar
Não aceite maquininhas quebradas e sempre confira o valor que aparece no visor. Prefira pagar no aplicativo de compra e não aceite novas cobranças.
9. Golpe do falso boleto
Como é
A vítima recebe um SMS, WhatsApp ou e-mail, com links que direcionam para páginas falsas com faturas forjadas, mas com os dados reais da pessoa, o que faz parecer um boleto legítimo.
Como evitar
Se você não solicitou boletos por esses meios, desconfie. Fique atento aos dados do beneficiário do boleto, ainda que você pague normalmente boletos recebidos eletronicamente e também à data de vencimento e ao valor. Se houver qualquer discrepância, não efetive o pagamento e procure o credor para solicitar o boleto correto.
10. Proteção de dados no celular ou dispositivo
Como é
O roubo de celulares dá acesso aos criminosos para descobrir dados guardados em e-mails, redes sociais ou outras ferramentas instaladas no aparelho. Eles recuperam e modificam senhas, entram nas contas pelos aplicativos de bancos e conseguem roubar dinheiro e até fazer empréstimos em nome da vítima.
Como evitar
Mantenha os sistemas atualizados e nunca use o recurso de “lembrar/salvar senha”. Ative a opção de acionamento do bloqueio automático de tela mais rápido (30 segundos) e desative notificações. Utilize os recursos de biometria e reconhecimento facial se possuir essa tecnologia e também ative e dupla autenticação em todos as contas de como e-mail, aplicativos, sites etc. Anote o código do IMEI do celular em algum local seguro para bloquear a linha e o aparelho em caso de roubo ou perda. Habilite a função de rastreio do celular para conseguir apagar os dados do seu aparelho e localizá-lo remotamente, se necessário.
11. Golpe do consignado
Como é
O fraudador se passa por um funcionário do banco e oferece empréstimos com condições vantajosas. Ele convence a vítima a depositar uma taxa de cadastro ou antecipação de uma parcela para liberar o dinheiro. Outra tática é solicitar dados pessoais da vítima para realizar transações em nome do cliente.
Como evitar
Não existe nenhum empréstimo em que a pessoa precise fazer qualquer tipo de pagamento antecipado, seja de IOF, taxas de cadastros ou antecipação de parcela. Os bancos nunca ligam para o cliente pedindo senha, número do cartão ou transferência.
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