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Patricia Lages
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Organizações internacionais querem garantir que crianças tenham direito a "prazer sexual protegido"

Agência americana analisa documentos com ações educacionais e aponta ênfase no consentimento para sexo com crianças e jovens

Patricia Lages|Do R7


A agência americana de notícias The Epoch Times publicou uma extensa reportagem sobre as ações de três instituições — Organização das Nações Unidas (ONU), Organização Mundial de Saúde (OMS) e International Planned Parenthood Federation (IPPF) — que estariam trabalhando em conjunto para “ensinar os alunos do jardim de infância sobre sexualidade e ‘capacitar’ as crianças a dizerem sim a encontros sexuais”.

Atuante em 33 países e 21 idiomas, a agência afirma ter tido acesso a documentos em que as entidades propõem tratar da sexualidade de crianças em duas frentes: “promover educação sexual abrangente, enfatizando o ensino do consentimento para o sexo” e “remodelar a representação das crianças e dos jovens como ‘seres sexuais’ com direitos sexuais que deveriam basear-se na maturidade, e não na idade”.

Crianças preparadas para o sexo sob a bandeira da educação
Crianças preparadas para o sexo sob a bandeira da educação

Especialistas ouvidos pela agência afirmam que as medidas equivalem a que as crianças sejam “preparadas” para o sexo sob a bandeira dos direitos humanos e da educação, e que isso pode ser visto como a “promoção da pedofilia”. Isso porque, segundo eles, a pressão para que esses programas sejam aceitos em diversas nações ao redor do mundo poderia tornar aceitável a prática de sexo “consentido” com crianças.

Já os defensores dos programas declaram que o objetivo é garantir que “os direitos das crianças ao prazer sexual sejam protegidos”.

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A princípio, o currículo elaborado pelo trio de entidades internacionais apresenta a educação sexual infantil de uma forma na qual a maioria dos pais não veria nenhum problema, pois fala de biologia reprodutiva e trata a abstinência como forma de prevenção da gravidez e de doenças sexualmente transmissíveis.

Por outro lado, também introduz a ideia de que crianças têm direito de tomar decisões relativas aos seus próprios corpos e de experimentar “desejo, prazer e felicidade”, sem que haja envolvimento dos pais, enquanto exploram a homossexualidade e a representação de papéis.

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“A Academia Americana de Pediatria elogiou a educação sexual infantil por dar a crianças e jovens acesso a uma educação adequada que aumenta as taxas de contracepção e uso de preservativos. O Comitê de Cuidados de Saúde do Adolescente do Colégio Americano de Obstetras e Ginecologistas citou estudos que demonstram que a educação sexual infantil reduz as taxas de atividade sexual, sexo desprotegido, DSTs e gravidez na adolescência”, diz a reportagem do The Epoch Times.

Análise de pesquisadores e especialistas

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Para Meg Kilgannon, pesquisadora sênior de estudos educacionais do Family Research Council, esse tipo de educação sexual infantil é prejudicial, pois “a agenda dos grupos globalistas pode, em última análise, prejudicar as crianças ao normalizar a pedofilia”, disse. Kilgannon acredita que o objetivo desses grupos é reduzir a idade de consentimento para tornar legal a prática sexual de crianças: “Há adultos que querem fazer sexo com crianças e estão trabalhando em grupos internacionais de direitos sexuais para que isso aconteça”, afirmou.

Stefano Gennarini, advogado e vice-presidente de estudos jurídicos do Centro para a Família e os Direitos Humanos, declarou que esse esforço internacional coordenado é “muito bem financiado” e que não se trata de “teoria da conspiração."

Ainda de acordo com a agência de notícias, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) encomendou um documento sobre o ensino da educação sexual para crianças no jardim de infância, denominado "Orientação técnica internacional sobre educação sexual".

A Unesco, em parceria com a OMS e agências da ONU, como o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), desenvolveu o guia, cuja introdução afirma que o objetivo do programa é “dotar as crianças e os jovens de conhecimentos e capacitá-los para “desenvolver relações sociais e sexuais respeitosas”.

Essa orientação estaria alinhada com uma das frentes da Agenda 2030: melhorar a vida das pessoas em todo o mundo. Como parte da agenda, a ONU planeja a implementação de educação sexual obrigatória em todo o mundo e solicitou aos governos que apliquem as políticas por meio de compromissos internacionais:

“São necessários esforços contínuos para garantir que a educação sexual infantil seja obrigatória por lei e/ou por política”, diz o relatório "A jornada para uma educação sexual abrangente, da ONU". Para colaborar com a missão, a IPPF publicou um kit que descreve os padrões de educação sexual para crianças menores de 10 anos.

O kit ensina, por exemplo, que algumas crianças não se sentem “confortáveis em ser identificadas como homem nem mulher com base em seus órgãos sexuais”. O material também aconselha que “a atividade sexual deve sempre ser mediada pelo consentimento” e que, se os indivíduos “concordam, livres de qualquer pressão, em se envolver em relacionamentos íntimos”, não há problema.

Com o kit da IPPF, as crianças menores de 10 anos também aprenderão que a atividade sexual pode fazer parte de diferentes tipos de relacionamento, incluindo namoro, casamento ou “trabalho sexual comercial”, entre outros. Para a instituição, os “direitos sexuais das crianças” devem ser enquadrados como “direitos humanos” e que crianças têm “direito ao prazer”, além do que o site da Planned Parenth afirma que “o consentimento é a chave para resistir às mensagens de apenas abstinência” e que, “quando as escolas ensinam os alunos a dizer não ao sexo, também reconhecem a capacidade dos jovens de dizer sim”.

O The Epoch Times afirma que procurou a ONU e a Planned Parenthood nos Estados Unidos e em outros países para comentar o assunto, mas não recebeu resposta. A reportagem completa pode ser lida, em inglês, no link abaixo.

https://www.theepochtimes.com/article/global-network-promotes-sexual-rights-for-children-5455257?utm_medium=social&utm_source=twitter&utm_campaign=digitalsub

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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