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Patricia Lages

Quem apenas sobrevive troca poder de escolha por comida na mesa

Estratégia de quem tem fome de poder: emburrecer, empobrecer e fazer com que a população vote com a barriga

Patricia Lages|Patricia LagesOpens in new window

Quem apenas sobrevive troca sua liberdade de escolha por qualquer um que lhe prometa comida na mesa A10mais - ARC

Quando um governo tem a intenção de se perpetuar no poder, é comum implantar uma estratégia antiga, mas eficaz: emburrecer, empobrecer e tornar a população cada vez mais dependente do Estado.

Apesar de levar tempo, quem planejam algo tão grande, maquiavélico e devastador possui quatro coisas fundamentais: planejamento de longo prazo, investimento pesado em narrativas/propaganda, paciência e perseverança.

E para que a estratégia funcione é preciso que na outra ponta esteja uma população sem educação básica, sem acesso a bons empregos, insegura e tentando apenas sobreviver. E é claro que para quem não sabe se amanhã terá comida na mesa ou um teto sobre a cabeça, qualquer migalha governamental será bem-vinda, ainda que custe sua liberdade.

No livro “Quem controla a escola governa o mundo”, Gary deMar, Ph.D. em História Intelectual Cristã, aponta que o sistema educacional é uma das ferramentas mais úteis na busca pelo poder.


“Há um dito popular: ‘a filosofia da sala de aula desta geração será a filosofia de vida da próxima geração’. Os antigos fundadores dos Estados Unidos o entendiam bem. Esse é o porquê, após construírem casas e igrejas, terem estabelecido instituições educacionais como Harvard, Yale, Columbia e Darmouth. Com o passar do tempo, a maioria dos cristãos passou a adotar a falsa premissa de que os fatos são neutros. Eles creem não importar quem ensine matemática, ciência e história, pois fatos são fatos”, afirma o autor.

Por outro lado, governos populistas tomaram o caminho inverso dos cristãos americanos, pois além de saberem que importa – e muito – quem ensina, é preciso controlar também o que se ensina.


O objetivo é transformar a educação em um faz-de-conta, trocando disciplinas básicas por ideologias baratas e onde, mesmo sem saber o básico, ninguém é reprovado.

O resultado é uma população subempregada, vivendo no limite, sem tempo para raciocinar, questionar ou reagir ao regime que as colocou – propositalmente – na situação em que estão.


É como alguém que manda quebrar as pernas de quem quer subjugar para, em seguida, posar de benfeitor oferecendo-lhe um par de muletas e uma esmola mensal suficiente para que ele não morra de fome. E claro que, em troca, o falso benfeitor receberá do novo dependente gratidão eterna.

A guerra de hoje é silenciosa, travada todos os dias, sem trégua, na mente das pessoas. Uma guerra de ideologias e narrativas que odeia quem é independente e trabalha para aumentar cada vez mais a pobreza, o emburrecimento e a dependência.

Para tomar o poder, é preciso que a maioria das pessoas se acostume a viver de migalhas, sem perceber que tudo o que lhe é oferecido de “graça” hoje, é menos do que lhe foi tirado ontem.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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