Quem apenas sobrevive troca poder de escolha por comida na mesa
Estratégia de quem tem fome de poder: emburrecer, empobrecer e fazer com que a população vote com a barriga

Quando um governo tem a intenção de se perpetuar no poder, é comum implantar uma estratégia antiga, mas eficaz: emburrecer, empobrecer e tornar a população cada vez mais dependente do Estado.
Apesar de levar tempo, quem planejam algo tão grande, maquiavélico e devastador possui quatro coisas fundamentais: planejamento de longo prazo, investimento pesado em narrativas/propaganda, paciência e perseverança.
E para que a estratégia funcione é preciso que na outra ponta esteja uma população sem educação básica, sem acesso a bons empregos, insegura e tentando apenas sobreviver. E é claro que para quem não sabe se amanhã terá comida na mesa ou um teto sobre a cabeça, qualquer migalha governamental será bem-vinda, ainda que custe sua liberdade.
No livro “Quem controla a escola governa o mundo”, Gary deMar, Ph.D. em História Intelectual Cristã, aponta que o sistema educacional é uma das ferramentas mais úteis na busca pelo poder.
“Há um dito popular: ‘a filosofia da sala de aula desta geração será a filosofia de vida da próxima geração’. Os antigos fundadores dos Estados Unidos o entendiam bem. Esse é o porquê, após construírem casas e igrejas, terem estabelecido instituições educacionais como Harvard, Yale, Columbia e Darmouth. Com o passar do tempo, a maioria dos cristãos passou a adotar a falsa premissa de que os fatos são neutros. Eles creem não importar quem ensine matemática, ciência e história, pois fatos são fatos”, afirma o autor.
Por outro lado, governos populistas tomaram o caminho inverso dos cristãos americanos, pois além de saberem que importa – e muito – quem ensina, é preciso controlar também o que se ensina.
O objetivo é transformar a educação em um faz-de-conta, trocando disciplinas básicas por ideologias baratas e onde, mesmo sem saber o básico, ninguém é reprovado.
O resultado é uma população subempregada, vivendo no limite, sem tempo para raciocinar, questionar ou reagir ao regime que as colocou – propositalmente – na situação em que estão.
É como alguém que manda quebrar as pernas de quem quer subjugar para, em seguida, posar de benfeitor oferecendo-lhe um par de muletas e uma esmola mensal suficiente para que ele não morra de fome. E claro que, em troca, o falso benfeitor receberá do novo dependente gratidão eterna.
A guerra de hoje é silenciosa, travada todos os dias, sem trégua, na mente das pessoas. Uma guerra de ideologias e narrativas que odeia quem é independente e trabalha para aumentar cada vez mais a pobreza, o emburrecimento e a dependência.
Para tomar o poder, é preciso que a maioria das pessoas se acostume a viver de migalhas, sem perceber que tudo o que lhe é oferecido de “graça” hoje, é menos do que lhe foi tirado ontem.