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Agosto Lilás: reconheça os 5 tipos de violência contra a mulher e saiba como denunciar

Campanha do Ministério das Mulheres é dedicada à conscientização e combate à violência contra a mulher

Patrocinada-1|Renato Fontes


Mulheres entre 18 e 44 anos foram as maiores vítimas de feminicídio em 2023

Você sabia que a violência contra a mulher pode começar silenciosa e tomar um caminho perigoso? O mês de agosto, conhecido como Agosto Lilás, é dedicado à conscientização e combate à violência contra a mulher. Mas essa luta precisa acontecer durante o ano todo.

Em 2024, a mensagem principal da campanha é “Feminicídio Zero - Nenhuma violência contra a mulher deve ser tolerada”. A data também marca o aniversário de 18 anos da Lei Maria da Penha.

A campanha integra uma mobilização nacional contínua promovida pelo Ministério das Mulheres, que envolve os diversos setores com o objetivo de acabar com a violência contra as mulheres, especialmente os feminicídios, por meio de diferentes frentes de atuação. Assista ao filme “Ajuda”:

O Agosto Lilás também busca informar a população sobre como identificar tipos de violência contra a mulher, incluindo violência física, sexual, psicológica, patrimonial e moral, além de divulgar os canais disponíveis para denúncias e apoio às vítimas: telefone 180, WhatsApp (61) 9610-0180 e o site gov.br/mulheres.


Feminicídio no Brasil: números são preocupantes

Feminicídio Zero - Nenhuma violência contra a mulher deve ser tolerada é o tema da campanha de 2024

De acordo com o 18º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, 1.467 mulheres morreram vítimas de feminicídio em 2023, ou seja, cerca de 1 caso a cada 6 horas. Esse é o maior registro desde a sanção da lei que tipifica o crime, em 2015.

O estudo mostra ainda que 63,6% das vítimas eram negras e 71,1% tinham entre 18 e 44 anos. Parceiro ou ex-parceiro íntimo da vítima é responsável por 84,2% dos casos.


O levantamento revela ainda que as agressões decorrentes de violência doméstica tiveram aumento de 9,8%, e totalizaram 258.941 casos. Houve alta também nas tentativas de feminicídio (7,2%, chegando a 2.797 vítimas) e nas tentativas de homicídio contra mulheres (8.372 casos no total, alta de 9,2%), além de registros de ameaças (16,5%), perseguição/stalking (34,5%), violência psicológica (33,8%) e estupro (6,5%).

Conheça o ranking dos Estados com as maiores taxas de feminicídio no Brasil

De acordo com o 18º Anuário, o estado com a maior taxa de feminicídio em 2023 foi Rondônia, com 2,6 mulheres mortas por 100 mil.


Em segundo lugar, está Mato Grosso, com 2,5 mortes por 100 mil. E empatados em terceiro lugar, estão os estados do Acre e Tocantins, com taxa de 2,4 mortes por 100 mil.

Já as menores taxas foram registradas no Ceará (0,9 por 100 mil), São Paulo (1,0 por 100 mil) e Amapá e Alagoas (1,1 por 100 mil). Confira a relação completa:

Fonte: Secretarias Estaduais de Segurança Pública e/ou Defesa Social; Polícia Civil do Estado do Acre; Polícia Civil do Distrito Federal; Instituto de Segurança Pública/RJ (ISP); Censo 2022 - IBGE; Fórum Brasileiro de Segurança Pública. (1) A Lei 13.104, de 9 de março de 2015, qualificou o crime de feminicídio quando ele é cometido contra a mulher por razões da condição de sexo feminino. Considera-se que há razões de condição de sexo feminino quando o crime envolve violência doméstica e familiar e menosprezo ou discriminação à condição de mulher. (2) Taxa por 100 mil mulheres.

Reconheça os 5 tipos de violência doméstica e familiar contra a mulher

A Lei Maria da Penha prevê cinco tipos de violência doméstica e familiar contra a mulher: física, psicológica, moral, sexual e patrimonial. Entenda melhor cada uma delas:

1. Física: qualquer conduta que ofenda a integridade ou saúde corporal da mulher.

2. Psicológica: qualquer situação que cause dano emocional e diminuição da autoestima; prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento da mulher; ou vise degradar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões.

3. Sexual: qualquer conduta que constranja a presenciar, a manter ou a participar de relação sexual não desejada mediante intimidação, ameaça, coação ou uso da força.

4. Patrimonial: qualquer atitude que configure retenção, subtração, destruição parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas necessidades.

5. Moral: qualquer ação que configure calúnia, difamação ou injúria.

Aprenda a denunciar casos de violência doméstica

● Ligue 180 (Central de Atendimento à Mulher)

● Envie mensagem para o WhatsApp (61) 9610-0180

● Acesse gov.br/mulheres

Onde você pode pedir ajuda em casos de violência doméstica

● Na Casa da Mulher Brasileira

● No Centro de Referência e Atendimento à Mulher

● Em Delegacias de Polícia, de preferência especializadas no atendimento à mulher


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