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Achamos em Minas
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Nosso segundo destino no Vale do Jequitinhonha: Itinga

Uma cidade abraçada pelo querido rio Jequitinhonha 

Achamos em Minas|Do R7 e Luciana Katahira


Entrada da cidade de Itinga
Entrada da cidade de Itinga Luciana Katahira

Itinga é uma encantadora cidade situada na região do médio Jequitinhonha. Ela é conhecida por sua rica cultura e pelo seu povo acolhedor. Lá conheci pessoas que, com certeza, ficarão guardadas em um lugar muito especial do meu coração.

Cidade pequena, de aproximadamente 14 mil habitantes, e cortada pelo rio Jequitinhonha. Rio que faz parte da vida e das histórias de todas as pessoas dali.

Para embarcar nessa viagem, feche os olhos e escute a escritora Herena Barcelos cantando um pouco sobre esse sentimento que é “ser Jequitinhonha”.

E foi com essa melodia que fui recebida na cidade de Itinga. Na minha opinião, começar a conhecer a cultura de um lugar através de suas músicas é uma das melhores formas de dar início a uma viagem.

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A Herena Barcelos, que cantou a música acima, foi uma das minhas anfitriãs, uma pessoa incrível, presença marcante na cultura não só da cidade, mas de todo o Vale do Jequitinhonha, uma escritora que leva esse espírito de “ser Jequitinhonha” para todos os lugares.

Itinga é daquelas cidades que você estaciona o carro e percorre suas ruas e becos a pé. E dessa forma você entra no ritmo da cidade, um lugar onde as pessoas gostam de bater papo nas ruas e dividir suas lembranças. Aqui, o povo se orgulha de suas histórias, de seus feitos e de sua cultura. E isso, pra mim, é uma das grandes riquezas do Vale do Jequitinhonha.

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Entre uma rua e outra, nos deparamos com o majestoso rio Jequitinhonha, esse rio tão querido, falado em versos e poesias por todos os artistas e moradores daqui. Um rio que conta histórias de uma Itinga que nem existe mais, mas que é presença marcante na vida de cada itinguense.

Por muitos anos, o rio Jequitinhonha, literalmente, dividiu a cidade em duas partes. Hoje, uma ponte une as duas metades de Itinga. Mais do que uma estrutura de concreto, ela conectou os dois lados dessa mesma cidade, fortalecendo laços e estreitando gentilezas de quem vive aqui.

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Ela não é apenas um meio de atravessar o rio Jequitinhonha, é uma expressão que molda a identidade de Itinga. Uma ponte que é testemunha de lembranças, mas que trouxe progressos e modernidades.

Da época em que a cidade era dividida, ficaram as recordações das balsas, dos canoeiros e de uma vida bem diferente da de hoje. Um passado que deixou saudades, mas que ficou pra trás, porque o povo de Itinga quer mesmo é seguir em frente. 

Ponte Rio Jequitinhonha, em Itinga
Ponte Rio Jequitinhonha, em Itinga MAURO FERREIRA

E se estamos no Vale do Jequitinhonha é impossível não falar sobre os artesãos daqui. Artistas que produzem uma arte diferente, pulsante, viva. Uma arte que respira encantamento, aridez, alegria, diversidade, calor e, sobretudo, esperança.

Tive a oportunidade de conhecer um dos grandes mestres da cerâmica do Vale do Jequitinhonha, o Ulisses Mendes. Conhecido como o “cronista do Vale”, ele é pura poesia.

Com um olhar sensível e mãos firmes, ele é capaz de transmitir inúmeras emoções em cada uma de suas peças. Peças que têm vida e voz, força e delicadeza. Seu ateliê é um refúgio onde se misturam histórias, sabedorias, talento, barro e essa riqueza gigante do Vale do Jequitinhonha.

Passamos algumas horas com ele e ele nos mostrou uma peça que estava fazendo. Como cada peça conta sua história, cada uma nos emociona de uma maneira diferente. A peça que ele estava trabalhando era de uma mulher que estava deixando sua terra, estava indo embora. Uma lavadeira, retirante, com sua trouxa e sua criança. E escutar a sua história, na voz de Ulisses Mendes, foi um privilégio: 

“Adeus, meu ranchinho,

Adeus, meu sertão,

Eu sou obrigada a fazer migração

Aqui nessa terra eu não posso ficar,

Com saco nas costas, eu começo a andar…”

(veja este trecho na voz de Ulisses Mendes no vídeo abaixo)

E teve também comida boa… Afinal, passear por Minas e não experimentar as delícias daqui é um pecado… Visitei a quitandeira Ana Maria e seu marido, o Valdete. Um casal incrível que encanta pela simplicidade. Com poucas palavras, eles guardam sabedorias e cumplicidades que encantam. Com eles, colocamos a mão na massa e experimentamos uma de suas especialidades. Dá uma olhada aqui.

Bem… e pra terminar, com a alegria do povo daqui, bora escutar o Santana e sua sanfona! 

E amanhã tem mais! Vamos fazer uma viagem por Ponto dos Volantes

E pra você que quer assistir ao programa na íntegra, dá um pulinho no Play Plus, lá você encontra diversos episódios do Achamos em Minas.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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