A lista das 50 melhores vinícolas do mundo em 2023 (e como você deve ler esse ranking)
Independentemente da colocação de cada vinícola, é bom ver a lista com cuidado
Adega do Déco|Do R7 e André Rossi
Nesta quarta-feira (12) foi divulgada a lista das 50 melhores vinícolas do mundo, pelo site World's Best Vineyards. Esta é uma lista que tem se tornado tradicional, como, por exemplo, a lista dos TOP 100 melhores vinhos da revista americana Wine Spectator e outros tantos rankings e listas que fazem mundo afora na gastronomia e no vinho.
Já é de se esperar que uma lista como esta vai gerar polêmica. Para ver como seria a reação das pessoas e como receberiam a lista, resolvi postar no meu perfil do insta, e o resultado foi o que eu esperava: muitas reclamações e indignações sobre a presença de algumas vinícolas e ausência de outras, mas também muitas concordâncias. E, de quebra, um dos meus posts mais compartilhados e salvos que tive nos últimos meses.
Mas o que o Déco acha de tudo isso? Primeiramente, eu acho estas listas muito úteis, mas com ressalvas. Por serem listas extremamente subjetivas e que muita gente acha até que são compradas, eu não me apego à colocação, mas sim ao fato de quem está na lista. No caso das vinícolas, independentemente da posição que ocupam, acho que é uma lista bacana para ter de referência quando alguém vai viajar para alguma região vinícola e não sabe onde pode/deve visitar.
E o fato da vinícola X ou Y estar na lista, significa que algo de bacana tem lá para se beber, visitar ou como experiência. Estar ausente da lista, não significa que a vinícola ou os vinhos não prestam, ao mesmo tempo que estar na lista não significa que você terá a melhor experiência da vida. Então, acredito que a melhor forma de tirar bom proveito desta lista é não se apegar aos “melhores e piores” ou à colocação e sim ir atrás das que, por algum motivo, foram selecionadas.
Deixando então de lado minha posição em relação às listas, vou dar minha opinião sobre algumas presenças e ausências na lista. Já tive o prazer e a sorte de conhecer 15 vinícolas que foram listadas e realmente elas são muito bacanas e valem a visita.
Destaco desta lista, a Marques de Riscal (Espanha), Quinta do Crasto (Portugal) El Enemigo, Colomé e Diamandes (Argentina) e Garzon (Uruguai) e Chateau Smith Haut Lafitte (Bordeaux).
Algumas na lista tenho muita vontade de conhecer: Vik (Chile), Schloss Johannisberg (Alemanha) e Ruinart e Bollinger (Champanhe). E destaco algumas que senti muita falta, sendo que duas delas não entendi a ausência em especal: Zuccardi Piedra Infinita, em Mendoza, que foi a TOP 1 por três anos seguidos (2019, 2020, 2021) e Antinori (Toscana, Italia) que foi a Top 1 em 2022.
No mais, gostaria de ver na lista, algumas que conheço, como a Quinta do Vallado (Douro, Portugal), Chateau Cheval Blanc (Bordeaux), Lagarde e The Vines of Mendoza (Argentina), Viña Odfjell e Matetic (Chile).
Então, usem e abusem desta e de outras listas! Mas não levem muito a ferro e fogo.
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