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Abuso sexual: o grito que vem de dentro dos consultórios médicos

Profissionais são acusados de se aproveitar do momento das consultas para assediar pacientes, que criam cada vez mais coragem de denunciar

Blog da DB|Do R7 e Deborah Bresser

Dermatologista é investigado por abuso de pacientes
Dermatologista é investigado por abuso de pacientes

Na privacidade de um consultório médico, mulheres ficam absolutamente vulneráveis e viram vítimas perfeitas para profissionais que se aproveitam desse momento para assediar suas pacientes. 

O suspeito da vez é o médico Paulo Rowilson da Cunha, de 71 anos, dermatologista que atua em Jundiaí, no Interior de São Paulo. Segundo reportagem do Balanço Geral, sete mulheres acusam o doutor de conduta abusiva. Uma das vítimas, de apenas 19 anos, relata ter sido apalpada e obrigada a responder perguntas íntimas, que nada tinham a ver com o atendimento. Entre as testemunhas há até ex-funcionárias da clínica de dermatologia. 

No Paraná, o tenente-coronel Fernando Dias Lima, conhecido como Doutor Bacana, é acusado de abuso sexual por mais de 30 mulheres. Entre as vítimas estão recrutas, soldados, cabos, esposas e filhas de policiais militares. O caso veio à tona depois de uma oficial denunciar o abuso a seus superiores, desencadeando uma série de acusações contra o médico. 

Dermatologista é denunciado por sete mulheres por abuso sexual


Segundo a criminologia, abusadores sexuais e estupradores nunca têm uma única vítima. São crimes cometidos em série, por isso é tão comum haver uma enxurrada de denúncias depois que uma cria coragem para gritar por socorro. No caso dos médicos, as vítimas ficam ainda mais acuadas. É a palavra delas contra a de homens 'acima de qualquer suspeita', como os médicos. E cometidos em um ambiente no qual, a princípio, elas estão sozinhas com o algoz, de porta fechada, diante de um especialista para curar suas doenças. 

Entram com um problema, saem com vários. O estrago de um abuso sexual é avassalador. Quando cometido dentro de um consultório ganha tons dramáticos, pela total ausência de recursos da vítima para se defender. Muitas estranham ordens como "tire a roupa toda", mas poucas reagem. E se for o procedimento? Como saber? É de uma canalhice e covardia sem fim com as pacientes. 

Os casos deverão ser apurados. O dermatologista nega os fatos. O doutor Bacana idem. Eles sempre dirão que faz parte da consulta a forma como abordaram as mulheres. E elas seguirão certas de que aquilo que passaram no consultório não tem nada de protocolar.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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