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Como Ser Saudável

Dia Mundial da Alergia: Por que fazer um teste alérgico pode mudar sua qualidade de vida

Identificar alergias alimentares e ambientais pode ajudar a evitar crises, melhorar o sono, o bem-estar e até auxiliar no emagrecimento

Como Ser Saudável|Renata GarofanoOpens in new window

Segundo a OMS, entre 25% e 30% da população mundial convive com doenças alérgicas Inteligência Artificial/ChatGPT

Espirros frequentes, coceiras, nariz escorrendo ou irritações recorrentes na pele são sintomas habituais para você? Muitas vezes ignorados ou tratados com soluções temporárias, podem ser sinais claros de algum tipo de alergia.

Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), entre 25% e 30% da população mundial convive com doenças alérgicas. No Brasil, a situação é ainda mais preocupante: mais de 70% das pessoas que apresentam sintomas nunca realizaram um teste alérgico, o que dificulta o diagnóstico correto, compromete o tratamento e afeta diretamente a qualidade de vida.

RESUMINDO

  • Teste alérgico identifica doenças que afetam 25% a 30% da população mundial.
  • Mais de 70% dos brasileiros com sintomas alérgicos nunca realizaram testes.
  • Mudanças simples na rotina podem reduzir crises alérgicas e melhorar a qualidade de vida.
  • A imunoterapia pode tratar causas de alergia e proporcionar uma vida mais saudável.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Entre as alergias mais comuns está a rinite alérgica, que, conforme a ASBAI (Associação Brasileira de Alergia e Imunologia), atinge cerca de 30% da população brasileira. Espirros, congestão nasal, coceira nos olhos e dificuldade para dormir são apenas alguns dos sintomas que podem parecer “normais”, mas não deveriam ser ignorados.

Segundo o professor Luiz Moreira, farmacêutico bioquímico, mestre em Ciências da Saúde e especialista em Saúde Personalizada, os testes alérgicos são ferramentas essenciais para quem busca qualidade de vida.


“Muitas pessoas passam anos lidando com sintomas que atribuem à rotina ou à alimentação moderna, mas que são, na verdade, reações alérgicas crônicas. Com um simples teste, conseguimos identificar os agentes causadores e, a partir disso, ajustar a dieta, o ambiente e os hábitos do paciente”, explica.

As alergias alimentares são cada vez mais comuns, e muitas vezes os sintomas não se limitam ao sistema digestivo. Cansaço excessivo, dor de cabeça, alterações na pele e até dificuldades para emagrecer podem estar relacionados a intolerâncias ou sensibilidades alimentares.


“É comum que pacientes com alergia a leite, glúten ou corantes alimentares não façam a conexão entre o que comem e o que sentem. O teste ajuda a apontar esses gatilhos e permite escolhas alimentares mais conscientes. Isso impacta diretamente na saúde intestinal, imunidade e até no humor”, afirma o mestre em ciências da Saúde.

Alergias também afetam o estilo de vida de forma silenciosa. Um quarto mal higienizado ou uma roupa lavada com determinado sabão pode desencadear noites mal dormidas, crises respiratórias e até dermatites.


“A privação de sono causada por alergias respiratórias crônicas é um problema sério. Muita gente vive com cansaço constante e não imagina que o problema está no travesseiro ou na cortina cheia de ácaros”, alerta Luiz Moreira.

O teste alérgico pode ser feito de duas formas: na pele (teste cutâneo) ou por meio de exame de sangue. Ele identifica substâncias específicas, chamadas de alérgenos, que provocam reações exageradas no sistema imunológico.

“O teste mostra a quais agentes o corpo está reagindo de forma exagerada. Mas é importante destacar que ele não revela todas as causas possíveis de uma crise alérgica, porque fatores como clima, poluição, infecções virais e até o estresse também influenciam. Por isso, o resultado precisa ser interpretado em conjunto com a história clínica do paciente”, explica o professor Luiz Andrade, especialista em imunologia clínica.

Apesar disso, muitos brasileiros ainda não procuram ajuda. “Conviver com sintomas alérgicos não deve ser considerado normal. Quanto antes o diagnóstico é feito, mais eficaz é o controle, com menos uso de medicamentos e mais qualidade de vida. Procurar um alergista e fazer um teste é o primeiro passo para respirar melhor de verdade”, completa o professor.

Estilo de vida saudável também é prevenção

É possível prevenir ou ao menos reduzir as crises alérgicas com algumas mudanças simples na rotina: “Manter os ambientes limpos, lavar roupas de cama com frequência, evitar carpetes, controlar a umidade e se afastar de agentes irritantes como fumaça de cigarro são atitudes que fazem muita diferença”, orienta Luiz.

Para quem sofre com alergias alimentares, os cuidados se estendem à cozinha: ler rótulos com atenção, evitar a contaminação cruzada e manter uma alimentação equilibrada são fundamentais. Além disso, um intestino saudável também pode influenciar a resposta imunológica. Dietas ricas em fibras, alimentos anti-inflamatórios e probióticos naturais, como kefir e kombucha, ajudam a fortalecer o organismo e reduzir inflamações.

Outra possibilidade de tratamento é a imunoterapia alérgeno-específica, conhecida como “vacina para alergia”. O tratamento consiste na aplicação de doses progressivas da substância que provoca os sintomas, visando dessensibilizar o organismo ao longo do tempo.

“O paciente recebe doses crescentes do alérgeno por via subcutânea ou sublingual. Isso reeduca o sistema imunológico, diminuindo sua sensibilidade. A imunoterapia trata a causa, não só os sintomas, e pode mudar completamente a vida do paciente”, explica o professor. O tratamento costuma durar de três a cinco anos e tem excelentes resultados em casos como rinite persistente, asma alérgica controlada e alergia a picadas de insetos.

Prof. Luiz Moreira farmacêutico bioquímico, mestre em Ciências da Saúde e especialista em Saúde Personalizada Reprodução/Instragram/@profluizmoreira

Outro fator importante é a época do ano. As alergias respiratórias tendem a se agravar no outono e inverno, quando os ambientes ficam mais fechados e com pouca ventilação, favorecendo a proliferação de ácaros, fungos e poluentes. Já na primavera, o aumento da polinização pode intensificar os sintomas em pessoas sensíveis ao pólen, especialmente nas regiões Sul e Sudeste do Brasil.

Caso você já tenha feito um teste alérgeno e descoberto algum tipo de alergia, aqui vão algumas dicas extras para conviver melhor e com mais saúde:

  • Adote uma dieta anti-inflamatória: inclua cúrcuma, gengibre, azeite de oliva, vegetais verdes escuros, frutas vermelhas e peixes ricos em ômega-3;
  • Evite ultraprocessados e aditivos químicos: corantes, conservantes e realçadores de sabor;
  • Lave roupas de cama semanalmente com água quente: prefira capas antialérgicas em colchões e travesseiros;
  • Use aspirador com filtro HEPA e pano úmido para limpeza: a vassoura levanta a poeira, o que piora os sintomas;
  • Leia os rótulos com atenção: muitos ingredientes escondem alérgenos sob outros nomes;
  • Evite ambientes fechados e pouco ventilados: durante as estações mais críticas, tente manter as janelas abertas sempre que possível;
  • Durma bem: o sono é essencial para o equilíbrio do sistema imunológico; o ar do quarto deve ser o mais limpo possível.

Identificar uma alergia vai muito além de saber o que evitar: é um caminho para mais energia, menos crises, menos medicamentos e mais bem-estar. Se você sente que algo no seu corpo está reagindo de forma exagerada (seja após uma refeição, ao entrar em um ambiente ou com a mudança de estação), talvez seja hora de procurar um especialista e fazer um teste. O diagnóstico pode ser o primeiro passo para uma vida mais leve e saudável.

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Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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