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Como Ser Saudável
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Fumar aumenta em 70% o risco de câncer de bexiga

Isso acontece porque substâncias tóxicas do cigarro têm muito contato com o órgão

Como Ser Saudável|Renata Garofano e Renata Garofano


Hoje, 29 de agosto, é o Dia Nacional de Combate ao Fumo. Ao invés de falar sobre todos os malefícios que este péssimo hábito causa à saúde, este ano optei por focar em algo que realmente me chamou atenção: 70% dos casos de câncer de bexiga têm ligação com o fumo, segundo um estudo do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp). A porcentagem é bem alta e, por este motivo, vamos explorar mais este assunto.

"O cigarro potencializa em 2 a 4 vezes o risco de desenvolver câncer de bexiga. Alguns medicamentos, como anti-inflamatórios, infecções urinárias de repetição, uso crônico de cateter vesical, também são exemplos de fatores de risco para o câncer de bexiga", explica o urologista Dr Fernando Leão.

Depois que a fumaça entra pela boca junto com suas cerca de 70 substâncias carcinogênicas, ela é absorvida pelos pulmões. Em seguida, cai na circulação sanguínea. Como o sangue é filtrado pelos rins, os compostos químicos acabam indo para a urina e, já que o líquido fica estocado na bexiga até ser eliminado pelo corpo, suas paredes permanecem em contato com esses elementos por bastante tempo, favorecendo a doença.

“Mas, é importante que seja esclarecido que a ocorrência desse tipo de tumor, que é duas vezes mais comum em pessoas da raça branca do que da negra, tem causa qualitativa e não quantitativa, ou seja, não é relevante apenas o hábito em si ou o número de cigarros, mas o indivíduo precisa ter uma predisposição para desenvolver a doença”, diz o urologista Fernando Franco Leão, do Hospital Israelita Albert Einstein em São Paulo e em Goiânia.

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doutor Fernando Franco Leão
doutor Fernando Franco Leão

Dados recentes divulgados pelo Instituto do Câncer (INCA), o Câncer de Bexiga respondeu por 10.640 no ano, sendo 7590 homens e 3050 mulheres, resultando em 4517 mortes.

Não fumar, ter um estilo de vida saudável (isso inclui alimentação equilibrada e exercícios físicos) e ingestão de no mínimo 2 litros de água diariamente, são pontos que podem te manter bem distante dessa doença.

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Visitas periódica ao médico, para realizar exames preventivos, também devem ser incluídas na lista. "Seu principal sintoma é urina com sangue, podendo ter dor lombar ou em abdômen inferior, inchaço em pernas ou irritação na bexiga”, conta Leão. O diagnóstico da doença é realizado por exames de laboratório, de imagem (tomografia computadorizada ou ressonância magnética) e cistoscopia com biópsia da lesão vesical.

Doutor Leão explica que o tratamento vai depender do estágio da doença e das condições clínicas do paciente, podendo ser realizados imunoterapia vesical, quimioterapia, radioterapia e cirurgia. A cirurgia pode ser por via endoscópica para a retirada do tumor pela uretra, ou a retirada parcial da bexiga, ou a retirada total do órgão. Essas duas últimas podem ser realizadas de maneira aberta, laparoscópica ou robótica.

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Outro recado importante que o doutor Fernando Leão nos deixa é "o cigarro não está relacionado apenas ao câncer de bexiga. O tabagismo também provoca outros tipos de cânceres e doenças cardiocirculatórias."

Após uma pessoa largar o vício do tabaco, o organismo pode levar em média 10 anos para eliminar todos os resíduos, todos os metabólicos provenientes do cigarro.

Então, que tal aproveitar o Dia Nacional do Fumo e abandonar de vez o vício no tabagismo?

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Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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