Menopausa sem hormônios: 6 estratégias para desacelerar o envelhecimento
Além de ajudar nos sintomas, medidas promovem qualidade de vida

A menopausa marca uma nova fase na vida da mulher; uma transição natural que, embora traga desafios, pode ser vivida com saúde e vitalidade. Uma pesquisa do British Menopause Society revela que 39% das mulheres que foram aconselhadas a tratar a menopausa com a Terapia de Reposição Hormonal (TRH) somente 14% efetivamente a utilizavam. Esse dado revela que, além da falta de orientação, existe um medo significativo em relação a essa terapia, o que pode conduzir a mulheres se tornarem mais vulneráveis às promessas de tratamentos de beleza sem embasamento científico.
Então, será que com tantos avanços na ciência, na medicina e na estética, as alternativas de terapia não-hormonais também evoluíram ao longo dos anos? Com base em evidências científicas e uma abordagem empática, a dermatologista e especialista em medicina regenerativa, doutora Gabriella Albuquerque, desenvolveu 6 pilares fundamentais para o rejuvenescimento e o bem-estar durante essa fase da vida.
São estratégias que, não apenas, ajudam a gerenciar os sintomas da menopausa, mas também promovem uma qualidade de vida superior, desacelerando o processo de envelhecimento.
A seguir, listamos estas práticas que ajudam a manter o corpo e a mente em equilíbrio, sem o uso de hormônios:
1. Manter a saúde mental: a terapia cognitivo-comportamental é recomendada nos protocolos de tratamento da menopausa e pode ajudar a identificar e lidar com sentimentos problemáticos. A meditação também é altamente benéfica;
2. Atividade física regular: essencial para prevenir a sarcopenia, que é a perda de massa muscular e afeta especialmente pessoas idosas. Exercícios regulares ajudam a manter a força muscular e a mobilidade;
3. Evitar substâncias de risco: não fumar, limitar o consumo de álcool e evitar o sedentarismo;

4. Boa nutrição: alimentação balanceada é fundamental. Nutrientes como zinco, cromo, ácido alfa lipoico, canela, carnosina e magnésio são especialmente importantes para reduzir a glicação (ligação do açúcar com proteínas) e o estado pró-inflamatório que pode levar a doenças como diabetes. Manter um equilíbrio adequado de minerais no sangue, como cobre, zinco e ferro, também é essencial. Os carotenoides, que podem ser obtidos por alimentos como cenouras e folhas verde-escuras, são importantes para a saúde da pele.
5. Uso de Fitoestrógenos: Alguns fitoestrógenos são compostos vegetais com estruturas semelhantes ao estrogênio humano e podem ter efeitos benéficos leves quando consumidos. Outra dica importante, é a reposição de alimentos que contenham isoflavona, como a soja, por atuar como fitoestrógeno, ou seja, ele age nos receptores de estrogênio da pele e aumenta a concentração de colágeno e a produção de ácido hialurônico. Além disso, diminui os sintomas da menopausa, como fogacho, e previne a osteoporose.
6) Rejuvenescimento íntimo: perda de elasticidade, escurecimento, afinamento e alterações no tamanho dos grandes e pequenos lábios são algumas das mudanças possíveis durante a menopausa. É comum notar uma redução na lubrificação vaginal e no desejo sexual. Essas alterações podem resultar em desconfortos significativos, incluindo problemas como incontinência urinária. Os principais transtornos nesta fase são: vaginite atrófica, incontinência urinária e prolapso pélvico. Desde 2014 o uso de lasers foi aprovado pelo Food and Drugs Administration (FDA) para uso em cirurgia geniturinária. Esses lasers trabalham aquecendo o tecido, estimulando a regeneração celular e a produção de colágeno, melhorando a qualidade do tecido e até mesmo a satisfação sexual e reduzindo a incontinência urinária. Outra tecnologia eficaz é o ultrassom microfocado, que usa ondas sonoras para criar um efeito térmico no tecido, promovendo uma melhora na flacidez e no turgor dos grandes lábios.
A menopausa sem hormônios não precisa ser sinônimo de sofrimento. Com escolhas conscientes e mudanças simples no estilo de vida, é possível atravessar essa fase com saúde, energia e autoestima.
Envelhecer é inevitável. Fazer isso com qualidade de vida — é uma decisão.
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