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É de Comer

Bao, o pãozinho recheado asiático que é a bola da vez

Versátil e “recheável” com qualquer coisa, o bao caminha pra ser a nova febre gourmet

É de comer|Camé MoraesOpens in new window

Bao de cogumelo do Mapu Baos
Bao de cogumelo do Mapu Baos Divulgação

Primeiro vieram as paleterias, depois as temakerias... Será que a nova onda brasileira serão as “bao-erias”?

O nome é péssimo, mas a tendência é real. Esse tradicional pãozinho asiático cozido no vapor - o bao - tem ganhado destaque em tudo que é restaurante étnico do país, especialmente no setor de foodservice.

Sua capacidade de harmonizar com diversos recheios o tornam uma opção atraente tanto para chefs quanto para consumidores em busca de novas experiências culinárias.​ Não vai demorar pra gente ver bao de doce de leite em cafeterias paulistas - quer apostar?

Mas comecemos pelo começo, vamos à origem do prato...


O bao, também chamado de baozi (包子), é um pãozinho cozido no vapor originário da China. Sua história remonta a mais de 1.800 anos, durante a dinastia Três Reinos (220-280 d.C.).

Mas ele não ficou restrito aos chineses e encontra exemplares em praticamente qualquer vertente asiática de restaurante.


O sanduichinho fofinho é uma porta de entrada pra quem quer conhecer esse tipo de culinária em uma só bocada. Aquela carinha de comida de rua também favorece a popularidade: é fácil de comer e acessível economicamente. A depender do recheio, não sai caro pro consumidor.

A curiosidade por sabores étnicos tem crescido significativamente. Uma recente pesquisa recente da GALUNION revelou que 34% dos consumidores desejam experimentar sabores de outras culturas, percentual que atinge 51% na classe A.


Bao de porco do Hira Ramen Izakaya Camila Ferreira de Moraes

O bao na cena gastronômica atual

A popularidade do bao tem levado chefs ao redor do mundo a incorporá-lo em seus menus, adaptando-o às preferências locais e explorando sua versatilidade.

Em Nova Orleans, EUA, por exemplo, a padaria Dong Phuong, fundada por refugiados vietnamitas, tornou-se icônica ao oferecer uma variedade de produtos, incluindo baos tradicionais e versões inovadoras, refletindo a fusão de culturas na culinária local. ​

Em Nova York, bares e restaurantes têm inovado em seus menus de petiscos, oferecendo opções que combinam tradição e criatividade, alinhando-se às preferências dos consumidores por pratos indulgentes e saborosos.

Em São Paulo, alguns endereços oferecem o prato há anos... O tradicional taiwanês da Vila Mariana - Mapu Baos e comidinhas - leva o pãozinho no nome, assim como o mais novo Bao n’ Sando, na Vila Madalena.

Já o Hira Ramen Hizakaya mantém a versão do petisco com três recheios diferentes, como entrada.

O bao ganhou lugar até mesmo em restaurantes que nada têm de asiático, como o italiano Basillicata ou o manaura Banzeiro. Mas isso já faz um bom tempo. O que vem chamando a atenção é que as casas onde ele é o carro-chefe estão se multiplicando.

Em Belo Horizonte e no Rio de Janeiro, por exemplo, restaurantes já encamparam no ano passado as chamadas Batalhas de Bao ou Baotalhas - com chefes convidados se enfrentando pra ver quem apresenta o recheio mais saboroso.

Vale aproveitar o crescimento da oferta e experimentar os bons exemplares de baos antes que eles virem um fast food sem alma.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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