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Maria do Caos
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Uma paradinha sem querer me levou ao melhor passeio do mundo

Achava que meu destino era Paris, mas adivinhem? Não, não era

Maria do Caos|Do R7 e Mônica Simões


Uma paradinha forçada em outra cidade me fez perceber que posso curtir até mesmo situações em que estão fora do meu controle
Uma paradinha forçada em outra cidade me fez perceber que posso curtir até mesmo situações em que estão fora do meu controle Divulgação

E aí, Mariassss!!!

Como vocês estão? Estou ótima, saí de férias essa semana, mas não se preocupem que tem história programada até o fim das férias. Jamais deixaria minhas Marias na mão.

Gostaram da história da nossa Maria da semana passada? Engraçado que quando abrimos mão daquela coisa de muito cedinho e deixamos fluir, as coisas acabam dando mais do que certo. Por isso, sou adepta do “desapega, solta, deixa fluir”.

Mas, é claro que no meio desse processo o caos pode aparecer. Tudo bem, quem disse que não pode ser bom também? Ninguém.

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Bom, eu adorei a festa de aniversário democrática que acabou misturando heróis e vilões, no fim das contas todo mundo se deu bem.

Agora, a Maria de hoje, gente... Sério!

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Ela morou por um tempo na Europa e tinha um grande sonho de conhecer Paris. Assim que chegou, foi fazer o passeio. Único problema: não sabia como funcionava os trens por lá.

Venha comigo e leia até o final.

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Tinha desembarcado fazia duas semanas em Florença, na Itália. Já bati perna, conheci os pontos turísticos e sabia exatamente o café que mais me agradava na região. Amava aqueles estilos padaria de vó, sabe? Acolhedor e um uma “nona” sempre pronta a nos atender com pão saído do forno e café quentinho. Afinal, isso seria primordial para o próximo ano que passaria vivendo na Itália.

Bem, tenho essa coisa com cafés e estava contando os segundos para conhecer, finalmente, as cafeterias parisienses, já tinha comprado até boina.

Me mudei para a Itália a trabalho, já que a empresa onde trabalhava abriu uma filial no país e eu fui a sortuda escolhida para dirigir a franquia.

Estava bem pertinho do meu sonho de ver de perto a torre Eiffel e tomar um café bem fresquinho em uma charmosa cafeteria na esquina da rua mais famosa do mundo: a Champs-Élysées.

Bem, fui pesquisar o trajeto e todos que conheci na Itália disseram que o mais simples e barato seria embarcar em um trem. Achei super simples, fui comprar a passagem.

Gente, quando entrei no trem, fiquei encantada! Como os vagões são lindos e bem arrumados! Mais bonitos e elegantes do que classe executiva de avião. Impressionante!

Me acomodei na minha poltrona e aproveitei cada trechinho de viagem, comi bons croissants, donuts, almocei… Até que bateu um soninho. Afinal, seriam mais de dezesseis horas de viagem. Deitei a poltrona e fechei os olhos…

Quando me dei conta já tinham se passado muitas horas. Vi que o trem estava parado e uma fila tinha se formado para desembarque. Bem, só pra deixar claro aqui, na época não falava italiano e nem francês, apenas inglês, o que dificultou bastante o meu entendimento em algumas ocasiões, como a que vou contar a seguir.

Meio tonta porque tinha acabado de acordar, peguei minha mala de mão e entrei na fila também. Perguntei para uma senhora que estava na minha frente se havíamos chegado em Paris e ela me respondeu alguma coisa que acreditei que seria um “sim”.

Desci do vagão com um sorrisão no rosto e meu cérebro berrava “cheguei na cidade mais deliciosa do mundo!”

Estava tão feliz que nem olhei a placa com o nome da estação. Um táxi estava estacionado bem em frente e eu já entrei para não perder tempo. Disse em francês a frase que havia treinado: “me leve até o centro”.

Ele entendeu e começou o percurso. Meus olhos brilhavam, mas comecei a perceber algo estranho, onde estavam as pessoas, turistas? E os prédios? Era tudo tão simples. Tão plano, tão sem lojas…

De repente, o carro parou. E ele disse que havíamos chegado. Tentei explicar para o taxista que ele entrou errado. Aí, ele soltou uma frase que acabou com meu brilho: “Você está no interior da França”.

Marias do céu, quando olhei no relógio do tinham se passado 5 horas de viagem, estava muito, muito, muito distante de Paris. Dei um sorrisinho amarelo e perguntei pra ele qual era o próximo trem para a capital.

Bem, já que estava na cidade que também não conhecia, resolvi explorar e não é que o taxista me ajudou? Ele me levou a um monte de lugares lindos, com paisagens magníficas e terminamos o dia em um café deslumbrante.

Depois, me levou de volta a estação e peguei o trem de volta pra Florença, já que estava muito tarde, acabei deixando Paris para outro dia.

Fiquei amiga do taxista e hoje sempre que posso vou até a cidadezinha tomar um café na casa da família dele. A esposa faz bolinhos como ninguém.

Moral da história: dar errado é uma questão de ponto de vista.

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Mariasssss, acredito muito naquela frase: “Deus escreve certo por linhas certas”.

Escreve mesmo.

Nossa Maria saiu de casa com um objetivo e tudo mudou no meio do caminho, mas foi bom do mesmo jeito, ou arrisco dizer, que foi melhor ainda.

Por isso, digo e repito, deixem fluir, a vida pode surpreender e as surpresas da vida costumam ser maravilhosas.

Até a próxima semana!

Um beijo, Marias.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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