Vinhos low e sem álcool: moda passageira ou o futuro do consumo?
De tendência internacional a realidade brasileira, o consumo de vinhos com pouco ou nenhum álcool cresce entre jovens e adultos

O mundo do vinho está mudando. Nos últimos anos, uma nova categoria vem conquistando taças e espaços nas cartas de restaurantes: os vinhos low e sem álcool. A tendência reflete um comportamento cada vez mais comum entre consumidores que buscam moderação, bem-estar e novas formas de socializar, inclusive quando precisam dirigir depois de um jantar ou evento.
Uma nova forma de beber
O conceito é simples: vinifica-se como um vinho tradicional, mas depois o álcool é reduzido ou completamente removido por processos físicos, como osmose reversa ou evaporação a vácuo.
O desafio está em preservar aromas e textura, mantendo a experiência sensorial do vinho.
Na Europa, a legislação já reconhece oficialmente essas categorias, abrindo caminho para o desenvolvimento de produtos cada vez mais sofisticados e equilibrados.
Um mercado em plena expansão
De acordo com dados do setor, o segmento global de vinhos sem álcool movimentou cerca de US$ 2,26 bilhões em 2023 e deve atingir US$ 3,78 bilhões até 2030, com crescimento médio anual de quase 8%.
É um avanço impulsionado principalmente pelas gerações Millennial e Z, que consomem menos álcool, mas continuam valorizando a cultura do vinho, a gastronomia e o prazer da convivência.
Longe de ameaçar o vinho tradicional, o fenômeno amplia as ocasiões de consumo. Almoços, reuniões, eventos corporativos e encontros diurnos — onde o consumo de álcool nem sempre é possível — passam a ter no vinho zero álcool uma alternativa elegante para socializar sem abrir mão do sabor.
O movimento chega ao Brasil
No Brasil, o setor também começou a brindar essa nova fase. A Casa Valduga, uma das vinícolas mais respeitadas do país, lançou o espumante Live Zero, com 0% de álcool e baixa caloria, voltado ao público que busca equilíbrio sem abrir mão da celebração.
A Amitié, jovem vinícola gaúcha que vem se destacando pela inovação, criou o BeLow, elaborado com a uva Trebbiano, leve, aromático e com baixo teor alcoólico, um exemplo de como o estilo pode unir qualidade e modernidade.
Esses lançamentos mostram que o vinho “leve” deixou de ser um experimento para se tornar uma realidade também no mercado brasileiro, acompanhando uma geração que valoriza a experiência, mas quer se sentir bem no dia seguinte.
Tendência ou futuro?
Tudo indica que não se trata de uma moda passageira. A busca por moderação, saúde e prazer responsável veio para ficar, e os vinhos low e sem álcool têm tudo para consolidar seu espaço como alternativa legítima, não concorrente, mas complementar ao vinho tradicional.
Com ou sem álcool na taça, o importante continua sendo o mesmo: celebrar o momento, com leveza e consciência.
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