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Estão mesmo nascendo mais gordinhos?

Estudo mostra que um em cada quatro adolescentes pode estar com sobrepeso ou obesidade até 2030

Obesidade sem Tabu|Mariana VerdelhoOpens in new window

Eu já contei aqui no Obesidade sem Tabu que não fui obesa na infância nem na adolescência, embora sempre tenha sido uma criança “cheinha” — e, por isso mesmo, já enfrentava olhares tortos e comentários maldosos de alguns adultos.

Mas, recentemente, indo a festas infantis com meu filho, comecei a perceber algo que me deixou inquieta: as crianças de hoje estão, sim, mais gordinhas do que na minha época.

Fiquei com uma pergunta martelando na cabeça: Será que as crianças já estão nascendo com uma predisposição genética maior à obesidade? Ou estamos mesmo falhando na alimentação, no sono, no ambiente, em tudo? Como podemos ajudar?

Porque não é raro ver crianças que passam o dia inteiro na escola, fazem esportes, estão sempre em movimento — e ainda assim não emagrecem. Não é só “preguiça” ou “falta de vontade”, como muita gente gosta de rotular. A coisa é muito mais complexa.


Jornal de Brasília

E como se não bastasse essa inquietação, hoje saiu um estudo alarmante na revista The Lancet, uma das publicações científicas mais respeitadas do mundo. Segundo o relatório, um em cada quatro adolescentes pode estar com sobrepeso ou obesidade até 2030.

Gente, 2030 é daqui a cinco anos. CINCO. ANOS.


A previsão é baseada em dados globais sobre saúde de adolescentes. Veja só:

  • 464 milhões de jovens no mundo devem viver com obesidade ou sobrepeso até 2030;
  • Isso representa 143 milhões a mais do que em 2015;
  • A situação é mais crítica em regiões como América Latina (incluindo o Brasil), Caribe, Norte da África e Oriente Médio, onde mais de um terço dos jovens entre 10 e 24 anos já estão com sobrepeso ou obesidade;
  • A meta da OMS, que era manter os índices estáveis entre 2010 e 2025, já foi descumprida pela maioria dos países.

Vale lembrar que, nessa semana, o Conselho Federal de Medicina (CFM) decidiu reduzir a idade mínima para cirurgia bariátrica para 14 anos. Isso mostra que estamos vivendo uma emergência silenciosa — e que o sistema de saúde está se adaptando a uma nova realidade.


E diante disso tudo, eu me pergunto: Estamos prontos para olhar para a obesidade infantil com a seriedade que ela exige?

Mais do que peso na balança, estamos falando de saúde mental, de estigmas, de autoestima, acesso a uma alimentação de qualidade.

É hora de discutir com profundidade, empatia e responsabilidade. Porque a obesidade não é “preguiça” ou falta de controle dos pais — e sim uma condição de saúde complexa, com múltiplos fatores envolvidos.


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Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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