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Descobrir-se desnecessário dói, e, ao mesmo tempo, liberta

Uma celebração do Outubro Rosa e da luta contra o câncer de mama

Papo de Paciente|Do R7 e Marcela Varasquim

Marcela Varasquim: Outubro Rosa
Marcela Varasquim: Outubro Rosa Marcela Varasquim: Outubro Rosa

Dói, destrói e mutila. Para os mais íntimos, eu faço graça com a minha própria saga. Porque rir de si é um remédio que eu tomo para ser leve — e adoro o gosto. Mas a verdade é que o câncer não tem a mínima graça.

Não tem graça calcular porcentagens de cura, não tem graça ser acometido por doenças que se aproveitam da imunidade baixa, não tem graça o coração acelerado antes de abrir cada exame. Não tem graça viver como se você não tomasse remédios fortes.

O mundo não para porque você parou. As festas não são canceladas porque você não vai. As pessoas não deixam de rir porque você chora. A empresa não fecha porque você não bate cartão.

Descobrir-se desnecessário dói e, ao mesmo tempo, liberta. Hoje sei que posso ser substituída em qualquer lugar, menos para mim mesma. E essa dor foi meu maior presente.

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Somos muitas, e somos cada vez mais: uma a cada oito mulheres que viverem até os 75 anos terá câncer de mama.

Hoje, no último dia de outubro, meu recado é para durar o ano inteiro: desmarque seus outros compromissos e vá ao médico fazer exames. Em todos os outros lugares, você será substituída. Mas sua vida é apenas uma, e apenas sua.

Obrigada, Outubro Rosa.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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