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Black Crowes faz show matador em São Paulo e quem não foi tem que sentar e chorar

A banda dos irmãos Robinson tocou seu disco de estreia na íntegra, em show único dessa turnê no Brasil

Odair Braz Jr|Do R7

O cantor Chris Robinson no início do show do Black Crowes em São Paulo, na terça (14)
O cantor Chris Robinson no início do show do Black Crowes em São Paulo, na terça (14) O cantor Chris Robinson no início do show do Black Crowes em São Paulo, na terça (14)

Tem gente com aquela teoria de que o rock morreu etc. e tal, mas, quando você vê uma banda como o Black Crowes em cima do palco, tem a certeza absoluta de que a chama continua acesa e queimando forte universo afora. O grupo americano liderado pelos irmãos Chris e Rich Robinson fez um show "apenas" memorável na noite da última terça-feira (14), em São Paulo. Foi a única apresentação deles no Brasil nesta turnê.

O evento, que aconteceu no bairro da Barra Funda, em um Espaço Unimed bastante cheio, tem zero firula. Nada de vídeos marotos ao fundo, nada de "espetáculo de luzes", pulseirinhas iluminadas e muito menos convidados especiais tipo Sandy (como fez o Coldplay, no Morumbi, também na terça). Não. Os irmãos Robinson vieram com sua vitalidade, sua experiência de mais de 40 anos e seu rock baseado nos anos 70 para deixar claro como é que se faz um show de verdade.

O Black Crowes — que surgiu em Atlanta, em 1984 — subiu ao palco pontualmente, às 21h30; no fundo, apenas um banner com os dois corvos, símbolos da banda. A música de abertura foi Twice as Hard, de seu álbum de estreia Shake Your Money Maker, de 1990, que a banda toca na íntegra nesta turnê. Já nesse número inicial, os Crowes — que também têm na banda o baixista de longa data Sven Pipien, Joel Robinow (teclados), Brian Griffin (na bateria) e Nico Bereciartua (guitarra) — mostraram que mesmo depois de tanto tempo de estrada (é verdade que eles se separaram em alguns momentos) seguem mandando bala com uma energia impressionante. 

Chris tomou conta do palco com sua voz incrivelmente potente e rouca, como se ainda estivéssemos lá no meio dos anos 90, quando a banda estourou nas rádios e aparecia a todo momento na MTV. Sem dizer que o sujeito, aos 56 anos, continua pulando e dançando como se tivesse uns 25.

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Os irmãos Robinson tocam seus hits para uma casa de shows lotada em São Paulo
Os irmãos Robinson tocam seus hits para uma casa de shows lotada em São Paulo Os irmãos Robinson tocam seus hits para uma casa de shows lotada em São Paulo

Seu irmão Rich, o outro pilar da banda, sempre mais contido mas com presença marcante sobre o palco, tocou impecavelmente sua guitarra. Aliás, dá gosto de ouvi-lo comandar o instrumento e lembrar como é gratificante ver um guitarrista bom de verdade mandando ver. Falando nisso, ele praticamente não repetiu guitarras durante a apresentação e deve viajar com boa parte de sua coleção do instrumento. Nico Bereciartua, o outro guitarrista, não fica muito atrás de Rich e também manda bem demais, sendo responsável por vários dos solos.

As canções do disco de estreia foram se sucedendo com Jealous Again, Sister Luck, Seeing Things, She Talks to Angels e Stare It Cold, entre outras. Tudo altamente bem tocado, cheio de energia, direto ao ponto e com Chris esbanjando carisma.

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Quando acabram as músicas do Shake Your Money Maker, a brincadeira não terminou, não. Não dava para a banda deixar o palco sem tocar os hits e outras muito aguardadas pelos fãs. Então, nesse seguimento, vieram os clássicos Sometimes Salvation, Thorn in My Pride e o hit máximo Remedy. Sobrou tempo ainda para um bis com Virtue and Vice, do álbum By Your Side, de 1999.

No fim, só dá para lamentar o fato de que esse foi um show único do Black Crowes no Brasil nesta turnê. Eles, que vieram por aqui em 1996, no Hollywood Rock, deveriam tocar em mais lugares, para mais gente poder vê-los. Assistir a uma banda boa assim em ação nunca é demais.

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