Com dívidas de R$ 5 milhões, Carnaval de Diamantina está ameaçado

Um dos carnavais mais tradicionais de Minas, em Diamantina, na região central do Estado, está ameaçado em 2013. A prefeitura decretou estado de emergência administrativa e acumula R$ 5 milhões em dívidas. O pagamento dos funcionários públicos de dezembro está atrasado, o serviço de coleta de lixo sofre interrupções e não há recursos para a compra de merenda escolar para o ano letivo, que começa em um mês.

Até mesmo o serviço de ambulâncias não estaria garantido na semana da folia. “Foram detectados vários problemas financeiros no tocante a escassez de materiais de consumo para a prestação, mesmo que mínima, dos diversos serviços públicos, inclusive, combustível para abastecerem as ambulâncias”, diz o decreto da prefeitura. 

Com isso, a estrutura montada no centro da cidade e o repasse aos blocos, que no último ano custaram R$ 900 mil, corre o risco de não acontecer. A alternativa proposta pelo prefeito interino Maurício da Paixão Maia, de dividir os custos com comerciantes, foi rejeitada em duas reuniões com representantes da Associação Comercial e Industrial de Diamantina (Acid).

A solução pode sair de um acordo com o Governo do Estado. O presidente da Câmara Municipal, Maurício da Paixão Maia assumiu a prefeitura porque o prefeito eleito, Paulo Célio, teve a candidatura indeferida pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Ele chegou a ser diplomado, mas foi obrigado a entregar o cargo.