Falando sobre os vários tipos de cura, a Império de Casa Verde foi a responsável por fechar os desfiles do Grupo Especial de São Paulo na manhã deste domingo (10). Como já é tradição, a agremiação, que entrou na avenida com o céu ainda escuro, apresentou um desfile luxuoso, de carros alegóricos grandiosos.
Vale lembrar que, após a confusão durante a apuração de 2012, a escola foi multada pela prefeitura e não recebeu verba municipal para preparar seu desfile. No entanto, a Império soube contornar o fato e não deixou a desejar para as demais agremiações.
A comissão de frente era formada por xamãs, responsáveis por curar em plena avenida uma bailarina doente na árvore da vida. Logo atrás, uma ala de odaliscas exibia a dança da fertilidade. No abre-alas, a riqueza dos Jardins Suspensos da Babilônia, mostrando como as plantas eram utilizadas para a cura.
A importância do Egito para a medicina foi destaque na escola. Os ritmistas desfilaram vestidos de múmias enquanto os faraós e seus sarcófagos enfeitaram a segunda alegoria da Império.
O estudo da posição dos astros na prevenção de males e as técnicas chinesas de acupuntura abriram caminho para o carro sobre a teoria do yin-yang. A alegoria alertava que a saúde vem do equilíbrio.
Alas representaram as técnicas de medicina alternativa, como cromoterapia, uso de cristais e florais. Os rituais de pajelança também foram incluídos. O quarto carro teve uma escultura do orixá Obaluaê. Na decoração da alegoria, foram usadas pipocas de verdade, que começaram a ser estouradas semanas antes do desfile.
Fechando a apresentação da Império, dois enormes tigres de pelúcia, símbolo da escola, puxaram o último carro sobre a medicina moderna, mostrando que sambar também faz bem à saúde.