X-9 faz desfile correto e mostra o lado cosmopolita de São Paulo
Escola mostrou como a capital paulista recebe todos os povos do mundo
Carnaval 2013|Thiago Calil, do R7
Tentando quebrar o jejum de títulos, que já dura 13 anos, a X-9 Paulistana, quinta escola a desfilar na madrugada deste sábado (9), mostrou que o mundo todo está representado na cidade de São Paulo. Para isso, a escola dividiu seus setores em reinos, cada um representando uma raça.
A África foi quem abriu o desfile, representada pela ala das baianas e do casal de mestre-sala e porta-bandeira, que desfilaram à frente do abre-alas. Na história da X-9 Paulistana, esta foi a primeira vez que a alegoria de abertura teve temática afro. Além de grandes esculturas, o abre ala trouxe destaques coreografados.
A raça amarela ficou com o segundo setor do desfile. Nele estava a bateria, que teve seus diretores vestidos de gueixas. Outro destaque foi a rainha Rosemeire Rocha, que desfilou grávida de oito meses. O carro do setor misturou Buda, dragões chineses e outros elementos orientais. Destaque para o acabamento da alegoria, feito com 40 mil pedras brilhantes.
“Esta fantasia foi feita em 24 horas”, diz Rita Cadillac
Veja fotos do desfile da X-9 Paulistana
A raça branca ocupou o terceiro setor, seguida pela raça vermelha. No carro que representou o povo indígena, a escola inovou em seu padrão de escultura, deixando o centro da alegoria mais alto que a lateral, saindo do modelo “quadrado”.
No último carro, o resumo do enredo: a cidade cosmopolita, que recebe e abraça todos os povos. O samba cadenciado cantado por Royce do Cavaco funcionou bem na avenida e animou os componentes da escola.
Ao fim do desfile, o único susto ficou por conta da apresentadora Graciella Carvalho, que passou mal. Antes de entrar na avenida, a musa confessou que estava sem comer e beber água e, por isso, estava com medo de desmaiar.
A X-9 fez um desfile rico, correto e de fácil compreensão. Tem tudo para conquistar um resultado melhor do que a décima posição conquistada em 2012.