"Umas meninas ficam com medo", diz integrante da Gaviões que ajuda foliões a subir nos carros

A movimentação de guindastes na concentração do Sambódromo do Anhembi era intensa por volta das 23h deste sábado (14), segundo dia de desfiles das escolas do grupo especial de São Paulo. Em meio aos carros alegóricos, estava Márcia Souza, integrante da Gaviões da Fiel. Bem longe dos holofotes da passarela, mas com uma tarefa importante, ela acompanhava de perto a subida das pessoas nos carros alegóricos.

Em apenas um deles, foram içadas cerca de 20 membros da escola, que é a segunda a desfilar nesta noite. Márcia fala que o trabalho é mais psicológico.

— Tem umas meninas que sobem e depois ficam com medo, porque veem que é muito alto. Mas agora, não tem jeito. Quando elas olham no desenho do carro, não imaginam que seja tão grande.

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Mulher do diretor de harmonia da Gaviões, Márcia tranquiliza as mulheres.

— A gente que está sempre no barracão acompanha a montagem dos carros. Todo ano a Gaviões troca as ferragens.

A filha do casal, Beatriz Leme, de 13 anos, já desfila desde pequena e diz que não tem medo.

— Antes de nós, os bombeiros sobem e se certificam que está seguro. Se não estiver, eles não deixam.