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Clooney sobre 'Céu da Meia-Noite': 'Fez mais sentido após a pandemia'

Filme, baseado em livro de Lily Brooks-Dalton, estreia no dia 23 de dezembro e traz importantes reflexões sobre sentido da vida e uso do tempo

Cinema|Gabriela Piva, do R7*

Elenco de 'O Céu da Meia-Noite' falou com a imprensa
Elenco de 'O Céu da Meia-Noite' falou com a imprensa

Atenção! Essa matéria pode conter spoilers

George Clooney dirigiu O Céu da Meia-Noite, um longa que fala, principalmente, de relacionamentos humanos. O filme, que será lançado no dia 23 de dezembro, acompanha o cientista Augustine, vivido pelo diretor, que, da Terra, tenta avisar astronautas no espaço (interpretados por Felicity Jones, David Oyelowo, Demián Bichir e Kyle Chandler) sobre o fim do mundo.

A obra cinematográfica, filmada em 2019 e baseada no livro pós-apocalíptico da autora Lily Brooks-Dalton, que aparece no longa, também mostra o isolamento social e as interações por meios tecnológicos antes da pandemia da covid-19. Em uma coletiva de imprensa online que o R7 participou, o elenco demonstrou ter ficado surpreso com a "coincidência" do enredo e a época do lançamento de O Céu da Meia-Noite.

"Queríamos falar sobre o que o homem é capaz de fazer contra a própria raça humana e, por isso, pensamos em todo o ódio e raiva que tem surgido pelo mundo", declarou Clooney.


"Se [um desastre apocalíptico acontecer], não é inconcebível que, por exemplo, nós estraguemos tudo de uma maneira catastrófica caso neguemos a ciência. Para mim, a ideia era conversar sobre o que somos capazes de fazer. Depois que terminamos de gravar, a pandemia surgiu e a mensagem do filme passou a fazer mais sentido: a nossa necessidade de estar em casa, de estar perto e em contato com quem amamos. Além disso, o longa também fala sobre a dificuldade de se comunicar uns com os outros", completou.

Já Felicity, que deu vida à Sully, uma astronauta grávida, contou o que chamou sua atenção para o papel: "Foi a mensagem dele, que tratou de questões existenciais, como o significado da vida, o que fazemos aqui, o que valorizamos. São coisas que estamos nos perguntando, especialmente, nessa época estranha em que vivemos. Então, também era um filme íntimo sobre a tentativa de encontrar conexão, sobre família e sobre maternidade e paternidade. Ainda acho extraordinário o quão relevante O Céu da Meia-Noite se tornou durante a pandemia da covid-19".


Gravidez da atriz Felicity Jones

A atriz, inclusive, viveu uma história inusitada durante o longa: descobriu que estava grávida antes das filmagens começarem. Felicity, que contou para Clooney sobre a gestação numa ligação telefônica, entregou ter ficado com medo de ser demitida do elenco devido à gestação.

Durante as gravações, o marido de Amal Clooney, com quem tem dois filhos, achou melhor adaptar o roteiro para uma astronauta grávida. O fato é considerado "revolucionário" para o elenco e, principalmente, para a atriz que vive Sully na obra.


"Bom, a gente tentou negar e fingir por um tempo que ela não estava grávida. Depois, surgiu a ideia de que a melhor versão das coisas acontece quando você as aceita e não as vê como um problema", relatou Clooney.

"Entendemos que as pessoas engravidam e, então, o bebê se tornou um personagem para nós. Os astronautas começaram a se unir e a protegê-la, virou uma família, algo que era importante; assim, pudemos escrever cenas sobre o nome da criança ou a realização do ultrassom — uma cena que eu amo muito. Os astronautas esperavam por qualquer sinal de vida, e o único sinal de vida que tinham estava dentro de Felicity. Para mim, o filme se tornou muito mais esperançoso depois disso", contou Clooney.

A atriz diz que se sentiu aliviada com a adaptação do roteiro: "Inicialmente, quando eu tentava fingir que não estava grávida, eu não podia comer muito bolo de chocolate, então, quando Clooney falou que eu poderia estar grávida no filme, eu fiquei aliviada", brincou Felicity.

"Gravar durante uma gestação foi um processo muito especial e institivo. Foi muito bom Clooney ter abraçado a realidade em vez de fugir dela; já vimos personagens grávidas em filmes, mas ainda acho que é muito revolucionário, principalmente, por ser uma mulher grávida no espaço", concluiu a artista.

A questão do tempo

Outra "questão existencial" que ganha destaque em O Céu da Meia-Noite é o uso que fazemos do tempo. Demián Bichir, que vive o astronauta Sanchez, fez uma importante reflexão sobre o tema ao final do longa.

"É um dos meus momentos favoritos no filme", disse o ator. "Sem dúvida, esse ano deu a chance para as pessoas repensarem o uso que fazem do tempo. É como se a mãe natureza dissesse para nós irmos para o nosso quarto e não sairmos de lá até pensarmos no que fizemos. Então, esse posicionamento me fez sentir muito próximo ao meu personagem, porque Sanchez é um homem solitário e não tem nada a mais a perder. É por isso que ele está no espaço. Ele continua esperançoso", finalizou.

Demián ainda refletiu sobre o isolamento social que experienciou durante o período pandêmico: "Na minha opinião, todo esse tempo sozinho tem sido uma experiência fantástica. Participar desse filme, com essa família linda, é tudo sobre o que a vida significa para mim. Sempre serei grato por isso".

Confira o trailer de O Céu da Meia-Noite

*Estagiária do R7, sob supervisão de Camila Juliotti

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