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Em apresentação de grupo de Israel, é a plateia quem canta

Koolulam vem pela primeira vez ao Brasil, em evento que reunirá 3 mil pessoas no domingo (1); nesta quinta (28) participam crianças de Paraisópolis

|Eugenio Goussinsky, do R7

Plateia participa ativamente do espetáculo
Plateia participa ativamente do espetáculo Plateia participa ativamente do espetáculo

Em hebraico, a palavra Kol significa Voz. E Kulam é o mesmo que Todo Mundo. Em 2016, o roteirista israelense Or Taicher teve uma inspiração, após ver pelo YouTube uma cena que o comoveu. Milhares de judeus rezavam em uníssono, diante do muro das Lamentações.

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Or, então, logo imaginou que aquela emanação profunda da voz humana poderia ser transferida para músicas populares, em várias linguagens. Desde que uma força dentro de cada um fluísse no ar em forma de emoção.

Reza e música. Melodia e emoção. Voz e união. Kol e Kulam. Foi desta intuição que nasceu o Koolulam que, mais do que um grupo, é uma iniciativa. Além de Or, fazem parte dela a empreendedora Michal Shahaf e o maestro Ben Yaffet, também israelenses.

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Mas os três organizadores do espetáculo não são os protagonistas. Esta função cabe ao público presente que, após um ensaio de cerca de 1 hora, entoa no final uma música popular.

Esta experiência ocorrerá pela primeira vez no Brasil. Nesta quinta-feira (28), os cantores serão os alunos que estudam em escolas na favela Paraisópolis, em São Paulo. Cerca de 500 deles, em uma iniciativa beneficente, irão cantar a música "Tempos Modernos", de Lulu Santos.

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E no próximo domingo (1), o espetáculo será realizado por 3 mil pessoas, no Espaço de Eventos Parque Estaiada, na capital paulista, às 16h30. O preço do ingresso é de R$ 186,00 e o tema será a mesma música de Lulu Santos.

Eventos marcantes

O Koolulam tem como objetivo transformar as canções em um ponto de união entre as pessoas. Já foram realizados eventos marcantes, como o do dia 14 de fevereiro de 2018, em Haifa, cidade portuária, ao Norte de Israel.

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A própria cidade, por se situar entre o mar e a montanha (no caso o Monte Carmel), se assemelha a um grande palco de onde se vislumbra a interação do homem com a história e a natureza.

E naquela ocasião, da cidade ornada por uma baía, judeus, cristãos e muçulmanos cantaram, cada vez em uma língua, a música “One Love”, de Bob Marley, na versão do cantor judeu-americano, Matisyahu.

A brasileira Ilana Berenholc mora em Israel há 10 anos e recentemente foi a um evento do Koolulam em Tel Aviv. No espetáculo do qual Ilana participou, a causa eram as pessoas com deficiência.

"Participar deste evento foi extremamente emocionante. Gosto muito de cantar mas me considero extremamente desafinada, o que me coloca em situações em que sinto vergonha. E quando se está em um evento como esse, que tem você ao lado de centenas, milhares de pessoas, não importa quem você é, de onde você vem, se a sua voz é boa ou não. Você está lá justamente para cantar, se divertir e se emocionar. É uma experiência da qual nunca mais vou me esquecer", diz.

Os idealizadores do grupo buscaram fazer da música o próprio instumento de desconstrução do ódio e das rivalidades. 

Or Taicher, Michal Shahaf e Ben Yaffet são jovens e empreendedores. Lidam com a tecnologia e a adaptam à música. Israel vem cada vez mais se firmando como um pólo de tecnologia. O escritor Saul Singer até a considera uma start-up, como país. O Koolulam, então, também pode ser definido como uma start-up. Da paz.

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