Em dezembro do ano passado, antes de não ter o contrato renovado com a TV Globo, Cléber Machado ficou de fora da cobertura da Copa do Mundo de 2022, que aconteceu no Catar. O jornalista e narrador estava na lista dos colaboradores que não viajaram para o país para cobrir o evento esportivo in loco pela emissora.
Por escolha da Globo, o narrador ficou no Brasil e fez as transmissões dos jogos das seleções que participaram do mundial daqui. Em entrevista aO Programa de Todos os Programas, nesta terça-feira (28), Cléber comentou sobre a decisão.
"Eles tinham que escolher, escolheram outros quatro narradores que foram. Me explicaram: 'Não dá, muita grana'. Mas quase nunca iam só quatro, mas era uma Copa cara e tal. Mas assim, o que eu ia fazer? O dia que teve a apresentação da Copa do Mundo para imprensa e mídia, ia chegar e ficar com bico? Claro que não", afirmou o jornalista.
"E outra coisa, quando liga a luz, abre, abre a câmera e começa a transmissão, quem está lá sou eu, quem vai aparecer com bico, mal-humorado, sou eu. Então, não tinha sentido. Eu fiz como eu faria, se estivesse lá ou não estivesse. A repercussão foi mais positiva do que negativa", acrescentou.
Cléber, que ficou mais de 40 anos na emissora, refletiu sobre momentos importantes e duradouros da carreira dele, que vão além das transmissões esportivas.
"Uma coisa que agrada muito na minha trajetória é que poucas coisas eu fiz pouco. Carnaval eu fiz uns 10 anos no Rio de Janeiro e mais uns 10 em São Paulo. Se não deu 20 anos, deu quase O Arena SporTV, no SporTV, eu fiz sete. As transmissões há tanto tempo, o Globo Esporte eu fiz cinco anos. Não é que tapei um buraquinho. Acho que quando você faz uma coisa que dura pelo menos cinco anos, é que você está razoavelmente", analisou.
Fora das telinhas, o jornalista e narrador ainda adiantou que teve algumas propostas, porém, o futuro da carreira dele ainda é incerto. "Tô na pista", brincou.
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