Filha de Carol Bittencourt faz relato sobre dois anos da morte da mãe
Modelo morreu aos 37 anos após cair de uma lancha durante um passeio em Ilhabela, no litoral de São Paulo
Famosos e TV|Do R7
Isabelle Bittencourt, filha de Carol Bittencourt, usou as redes sociais para fazer uma relato sobre os dois anos da morte da mãe. A modelo, que na época tinha 37 anos, morreu após cair de uma lancha durante um passeio em Ilhabela, no litoral de São Paulo.
"Uma das perguntas que mais recebo no Instagram é sobre como superei e como consegui seguir adiante. Acho muito importante que pessoas que passam por situações parecidas consigam ter relatos de outras pessoas. Então, decidi dar o meu relato", começou Isabelle.
"Para mim, foi muito difícil digerir. No primeiro instante, meu instinto foi abraçar todo mundo que estava em volta. Minha avó que estava mal, meu avô e meu padrasto. Eu queria abraçar todas essas pessoas e trazer para perto", continuou a jovem.
E seguiu. "Tomei o papel de quem cuida e não de quem é cuidada. Naquele momento, eu precisava ser cuidada. Acabei tomando esse papel porque eu queria. Só que eu não tinha noção de como isso poderia me prejudicar futuramente", disse Isabelle, que em seguida, contou como foi uma segunda fase.
"Foi de rebeldia. Virei a típica adolescente rebelde. Deixei de acreditar em tudo. A primeira coisa que questionei e deixei de acreditar foi Deus. Para mim, não era possível Deus ter deixado aquilo acontecer comigo", afirmou.
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"Para mim, isso [a morte] era uma forma de me castigar e castigar a minha mãe. Eu achava muito injusto. Naquele momento, eu parei de acreditar em Deus e fui me perdendo (...). Eu não entendia por que a gente tinha que ter relações interpessoais. Não entendia por que eu tinha que conviver com a minha família e amigos. Por que eu tinha que ir para a faculdade, escola e trabalhar? Qual o objetivo disso tudo?", disse.
E continuou. "Nada mais fazia sentido. Se o mundo estava um caos, e a minha vida estava um caos, porque eu tinha que estudar? Ir para a faculdade? Trabalhar e fazer família? Entrei em uma fase de muito desespero. E foi aí que meu pai [Giba Ruiz Vieira] falou uma frase, que levo até hoje, e isso me deu o gatilho de procurar ajuda", relatou.
"Ele falou: 'Você não precisa acreditar em Deus, em Alá ou nesses nomes que as religiões dão. Mas você precisa ter fé. Se você tiver fé de que existe uma força maior, tudo vai fazer sentido'. Quando meu pai falou isso, (...) de que eu tinha que ter fé e acreditar em força maior, passei a falar: 'Tenho que me cuidar'. Fui atrás de psicólogos, psiquiatras e, na sequência, uma ajuda espiritual. Posso dizer que a ajuda espiritual foi importante porque tive crescimento pessoal, não só no meu amadurecimento, mas na questão de ver a vida de outra maneira", disse.
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"Passei a entender que a minha mãe não tinha ido embora. Ela estava em outro plano. Um plano onde as pessoas evoluídas estavam, ou seja, aquilo não tinha sido um castigo. Tinha sido uma coisa boa, porque ela já tinha vivido tudo aqui neste mundo. Ela já tinha aprendido tudo que tinha para aprender. Já tinha feito as missões dela", disse Isabelle.
"Ela estava pronta para esse outro campo espiritual. A partir desse momento, a minha vida ficou mais leve. Comecei a ler livros que tratavam dessa espiritualidade. Para mim, fez total sentido, porque quando lembro da minha mãe, lelembro de uma pessoa feliz e que tinha muita luz. Quem a conheceu teve a possibilidade de presenciar essa luz e esse carisma", contou.
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Ainda no relato, sabelle disse ter compreendido a partida da mãe. "Ela viveu tudo que tinha para viver. Ela viajou, casou, o que era o sonho dela, teve uma filha e muito sucesso. Ela teve uma carreira linda, por mais que estivesse acabando a faculdade. Creio que tudo isso são fatores que mostram que ela terminou a missão dela aqui, que estava evoluída espiritualmente e conseguiu ir para um plano superior."
"Isso me conforta. Me conforta saber que não é só isso aqui. Não é possível que o universo, que Deus tenha feito só isso. Isso aqui é um grande campo de aprendizado, para o qual viemos para evoluir, acreditar e crescer. Acho que ela já tinha terminado a missão dela. Sei que vou reencontrá-la quando eu for evoluída o suficiente", disse a jovem.
E encerrou dizendo que costuma lembrar da mãe todos os dias. "Diariamente tento me lembrar dela. Trago a presença dela para que [tudo] fique mais leve e para que ela continue presente comigo. Não tentei esquecer o que aconteceu ou me esquecer dela para tentar superar. Trouxe ela para perto de mim. Tem coisas que faço, penso ou que gostaria da opinião dela e penso na minha cabeça: 'O que será que ela diria para mim?'", finalizou.
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