Gui Pagnoncelli: influenciador já forjou própria morte outras vezes
Alagoano sofre de câncer e já teve a morte divulgada diversas vezes, com links que pedem doações
Famosos e TV|Do R7

No último dia 18, o caso de Gui Pagnoncelli tomou as redes sociais. A morte do alagoano foi confirmada pelo perfil oficial dele no Instagram, porém, o influenciador digital foi visto caminhando em Maceió, Alagoas, horas após a notícia. Essa não foi a primeira vez que Gui foi acusado de forjar a própria morte.
A polêmica envolvendo Gilson Wagner da Silva, nome verdadeiro do influenciador digital, começou em 2017, ano em que ele revelou ser paciente terminal de um câncer de estômago. Na época, ele explicou que, segundo os médicos, ele tinha entre seis e oito meses de vida e, para sobreviver, precisaria fazer um transplante nos Estados Unidos.
Antes de realizar o procedimento, Gui precisaria passar por uma bateria de exames, que custaria em torno de R$ 50 mil. O influenciador decidiu, então, criar uma vaquinha para arrecadar o valor e logo atingiu a meta inicial. Depois, Gui alterou o valor da arrecadação para R$ 100 mil, que, de acordo com o influencer, seriam utilizados em gastos como hospedagem e alimentação.
Diversos famosos se comoveram com a história do alagoano, como o apresentador Celso Portiolli, que pediu a ajuda dos fãs.
Desconfiança e novo valor de arrecadação
Após bater a meta, em 2018, Gui mudou a vaquinha mais uma vez para um valor mais alto: R$ 350 mil. Ele conquistou R$ 380 mil, ou seja, R$ 30 mil a mais do que o esperado.
Ao ser questionado por seguidores sobre o transplante, o influenciador começou a dar desculpas sobre o porquê de não ter realizado o procedimento. Segundo ele, a viagem não aconteceu porque ele estava com a imunidade baixa.
Entre todas as doações, Ana Luiza, uma médica cirurgiã oncológica que atua nos Estados Unidos, desconfiou das vaquinhas feitas por Pagnoncelli.
"A vaquinha me chamou atenção pela incoerência entre o tratamento proposto e a doença. O transplante multivisceral jamais seria utilizado no paciente com câncer de estômago metastático. A doença é considerada uma doença sistêmica e é tratada com imunoterapia ou quimioterapia", disse a médica.
Porém, Gui continuou pedindo dinheiro. Alterado pela quarta vez, o valor da vaquinha chegou a R$ 3 milhões, preço do suposto transplante.
Agravamento da doença?
Em 2019, Pagnoncelli postou vídeos nos stories do Instagram dizendo que novamente estava perdendo a luta para câncer.
Segundo internautas, porém, ele reutilizou fotos antigas de procedimentos e internações. Em julho de 2020, ele abriu uma quinta vaquinha online, mas ela foi fechada logo em seguida sem nenhuma doação. O influenciador chegou a fazer publicações dizendo que estava entre a vida e a morte e pediu mais dinheiro.

Após as vaquinhas não funcionarem mais, Gui começou a postar links de um aplicativo com frases apelativas para chamar atenção dos seguidores, gerando doações para ele.

No mesmo ano, alguns vídeos do alagoano foram divulgados nas redes sociais, mostrando Gui viajando, comendo normalmente e até fazendo passeios de barco. Além disso, seguidores afirmaram que ele estaria cursando sua segunda faculdade, do curso de direito.
Morte fake
Entre todos os stories e publicações, Gui já "morreu" várias vezes. A última vez foi nesta semana quando o perfil oficial do influenciador anunciou a morte e pediu doações. Ele foi criticado por internautas, que ironizaram a notícia: "Ressuscitou, como sempre". Após algumas horas, ele alegou ter sido hackeado.

Após as notícias, Gui Pagnoncelli viralizou no TikTok. Em um vídeo, o influenciador digital mostra-se desolado enquanto chora ao falar sobre o estado de saúde e, no final, parece ter esquecido de desligar a câmera.