MC Paiva acusa PM de abuso de autoridade em abordagem: 'Achei que seria asfixiado'
Funkeiro desmentiu a informação de que teria tentado fugir dos agentes e diz que não desacatou nenhum policial
Famosos e TV|Do R7
MC Paiva se manifestou em suas redes sociais, na noite desta quarta-feira (8), sobre sua prisão, em São José dos Campos, no interior de São Paulo. O cantor foi detido, na terça-feira (7), por suposto desacato a autoridade e por dirigir um veículo de luxo sem placa.
Em uma transmissão ao vivo, de pouco mais de dez minutos, o funkeiro disse que estava dirigindo dentro da velocidade permitida, não ultrapassou nenhum sinal vermelho e que a colisão com uma viatura da PM aconteceu após os policiais jogarem o carro para cima dele.
"Estava andando tranquilo... e como vocês sabem, o meu carro tem um escapamento esportivo. Querendo ou não, toda reduzida [de velocidade] que eu faço faz um barulho forte, que chama atenção. Bom, parei no sinal vermelho, onde tinha duas vias, uma para ir reto e outra para virar à esquerda. Parei no da esquerda, porque eu tinha que virar a esquerda. Assim que abriu o sinal verde para mim, foi o tempo de eu tirar o pé do freio e apertar o acelerador. Aquela viatura da Polícia Militar jogou em cima de mim. Nenhum momento eu quis bater na viatura, nenhum momento eu quis tentar dar fuga", disse.
O artista contou que já foi parado outras vezes e que sempre cooperou com os policiais. "Todas as vezes que fui parado, eu parei, entendeu! Nunca tentei dar fuga. Dessa vez, não ia ser diferente."
MC Paiva se defendeu das acusações de desacato e rebateu dizendo que os policiais abusaram da autoridade deles. "Assim que o carro bateu, coloquei a mão na cabeça e falei: 'Meu Deus do céu'. Nessa, ele [policial] já desceu e começou a apontar a arma para mim e falou para eu descer do carro todo ignorante", descreveu.
O cantor disse que tentou conversar com os agentes, mas afirmou que foi agredido. "Tentei falar para eles que não precisava daquilo, que era só pedir para eu parar que eu ia parar. Em questão de segundos, eu já tomei uma rasteira no chão e já começou alvoroço. Eu não tenho nada contra a polícia militar, mas, o que foi feito comigo, foi ridículo."
"Eu me senti envergonhado na hora porque fui jogado no chão e pisoteado. Teve um momento que achei que ia ser asfixiado porque olha o tamanho daquele policial... ele colocou logo o joelho nas minhas costas, entendeu? Colocou outro no meu pescoço e ameaçou de quebrar meu braço", relatou.
O funkeiro disse estar abalado com tudo o que viveu. "O que aconteceu comigo foi uma covardia. Estou abalado ainda com o que aconteceu. Me colocaram dentro do camburão, me levaram para o IML científico e lá eles viram que não estava embriagado e com nenhuma droga."
Ele disse que a garrafa de bebida alcoólica encontrada no veículo, era da mulher que o acompanhava.
Por fim, o advogado do funkeiro, Marco Antonio Pereira de Souza Bento, disse que houve excesso da força policial e que será aberto um inquérito administrativo para apurar a conduta dos agentes no momento da abordagem.
As falas do funkeiro vão de encontro com a nota da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo sobre o caso. "Policiais militares realizavam patrulhamento quando viram um I/Porshe trafegando sem placa de identificação. Os PMs realizaram a abordagem e o motorista acelerou ainda com o sinal vermelho, batendo na lateral da viatura. Ele foi abordado e insultou os militares. No interior do veículo foi encontrado uma garrafa de bebida alcoólica. O autor passou por teste do bafômetro que resultou negativo para embriaguez. O homem foi conduzido à Central de Polícia Judiciária (CPJ) de São José dos Campos, onde foi registrado um Termo Circunstanciado e encaminhado ao Jecrim", diz o comunicado enviado ao R7.
Assista ao vídeo:
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