Pegando fogo: Bárbara e Mateus retomam discussão sobre sexo no reality show

Bárbara Evans e Mateus Verdelho retomaram uma discussão sobre os limites da exposição em reality shows. O casal engatou um romance apaixonado dentro do programa A Fazenda e fizeram sexo regularmente durante o confinamento.

O comportamento gerou polêmica com os telespectadores, assim como aconteceu nas outras vezes. No BBB 12, Laisa Portela e Yuri Fernandes já tinham iniciado o debate após protagonizarem cenas quentes embaixo do edredom.

Miguel Arcanjo Prado, blogueiro do R7 e comentarista da Fazenda no programa Hoje em Dia, lembra que o casal não se incomodou nem com os outros participantes.

— O que mais chamou a atenção no caso do Mateus e da Bárbara nem foi o próprio ato sexual no programa, mas o fato de terem feito sexo diante de outros confinados no mesmo quarto. Geralmente, é comum no ser humano buscar privacidade para ter seu momento de intimidade sexual. Mas eles, ao contrário, pareciam bem à vontade mesmo com outros à espreita.

Em entrevista ao R7, a psicóloga e sexóloga Ana Canosa aprofunda a questão do sexo na TV, fazendo uma crítica ao próprio gênero televisivo. De acordo com a especialista, o motivo pelo qual o reality show faz tanto sucesso é por mostrar a intimidade das pessoas.

— A vida sexual é parte da vida íntima das pessoas. Na frente da TV, eu vejo calcinha, sutiã, briga, cenas comuns dentro de uma casa, por exemplo. O público não quer ver sexo, mas é um pouco incoerente. Hoje em dia, os programas do tipo reality são mais frequentes, por isso as pessoas estão se acostumando com o sexo.

Ana Canosa ainda explica que a televisão reflete uma sociedade que está redefinindo os limites entre o que é público e o que é privado. Com o desenvolvimento das redes sociais e da internet, o “exibicionismo” forte de nossa cultura se intensificou.

— As pessoas usam as redes sociais e a mídia para se exibir intelectual, física e sexualmente. Na minha opinião, a crítica deve ser sobre o conteúdo exibido, se pode estar naquela faixa de horário, se deve ser transmitido para crianças, ver realmente onde o sexo cabe na TV.

Glene Rodrigues, ginecologista e sexóloga, diz que é totalmente normal um casal que se forma dentro do confinamento não conseguir fazer sexo com as câmeras, assim como outro se sentir mais à vontade.

— Cada pessoa expressa a sua sexualidade de uma forma pessoal, própria. Tem pessoas com certos pudores, certos preconceitos, e tem aquelas que vão se expressar pelo exibicionismo. A sexualidade é diferente, porque nós temos vivências diferentes, fomos inseridos em contextos diferentes e vamos expressar do jeito que aprendemos.

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